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Alfabetização em tempos de aulas online

Mudança para o mundo virtual acabou sendo um trunfo que permitiu explorar uma infinidade de recursos novos e que já fazem parte do dia a dia dos pequenos, que já nasceram conectados

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Publicado em 05/11/2020 às 17:00
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LUISI MARQUES/JC360
Claudia Barbosa, mãe de Helena, aluna do GGE FOTO: LUISI MARQUES/JC360
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Helena tem apenas 7 anos e desenvoltura de alguém que é educada para administrar a própria autonomia. É assim em casa e também na escola e tem sido assim nas aulas remotas. Ela faz o 1° ano do Ensino Fundamental no Colégio GGE, um período super importante para o trajeto de alfabetização, e tem tirado de letra todo o processo, mesmo “distante”.

A maior premissa do Colégio GGE nesse processo de alfabetização, que está acontecendo esse ano de maneira remota devido à pandemia, é fazer com que os alunos presenciem situações reais de comunicação, para entenderem que o universo de leitura e escrita precede muitos outros e que é uma necessidade social. Nesse sentido, a mudança para o mundo virtual acabou sendo um trunfo que permitiu explorar uma infinidade de recursos novos e que já fazem parte do dia a dia dos pequenos, que já nasceram conectados.

“Nossos alunos são sempre inseridos em contextos reais. Esse universo está presente em todas as aulas, independentemente de ser de Língua Portuguesa, de Matemática, e eles são sempre estimulados a ter isso como um hábito, como um hábito prazeroso. E contamos muito com a família nesse sentido de perpetuar essa rotina em casa também”, explica a gestora pedagógica da Educação Infantil e Ensino Fundamental do GGE Boa Viagem, Nayana Paiva.

Aulas online

Segundo Nayana, quando ocorreu a transição das aulas presenciais para o formato online, primeiramente houve um período de adaptação em que professoras e psicólogas se mantiveram atentas ao comportamento de cada criança, respeitando o tempo delas e compreendendo como apoiar essa nova rotina - até que começou a parte técnica, tudo alinhado ao contexto emocional e à faixa etária, com ferramentas e materiais atrativos, interativos e coloridos. “O que temos conquistado são crianças com muita fluência, autonomia e respondendo às atividades propostas pelas professoras durante as aulas online”.

“No GGE, esse processo de autonomia é cultivado desde a Educação Infantil. A nossa escola é conhecida por ser 'puxada' e, de fato, temos esse rigor acadêmico como um valor. Mas nossa principal premissa é trabalhar a autonomia nas crianças de modo que independentemente do nível de aprofundamento do conteúdo, a criança consiga assumir o papel de protagonista do próprio desenvolvimento. Essa habilidade, que é formada desde cedo no GGE, vai acompanhar o aluno por toda sua vida”, explica Nayana.

Na casa-escola de Helena

Em casa, Helena e o irmão Hugo (que está no 5º ano do Ensino Fundamental, também no GGE) têm acesso a uma estrutura tecnológica já organizada porque a mãe deles, a administradora Cláudia Barbosa, trabalha em esquema de home office há um ano. Logo, as aulas remotas não chegaram a ser um problema em casa, mas o que surpreendeu foi a desenvoltura de Helena, que se adaptou facilmente à nova rotina que trouxe escola e professoras para “dentro” de casa.

“Em abril, o GGE apresentou o projeto piloto de apoio pedagógico e a gente não sentiu dificuldade alguma em aderir”, diz a mãe Cláudia. “No começo, Helena e Hugo me questionavam se ia demorar muito aquela situação, mas ninguém sabia. Nesse tempo, o que venho observando é a familiaridade deles com recursos tecnológicos, na interatividade com os professores. Isso ficou muito presente na vida de Helena. Ela olha o mural de atividades, sabe qual professora e de qual disciplina será a aula. Tem sido uma experiência excelente”, opina.

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Autonomia desde cedo

A autonomia que Helena mostrou com as aulas online fazem parte de um aprendizado importante, que no GGE começa desde o Infantil 5, quando o estudante já sabe ler e é estimulado a realizar suas atividades sozinho. “Orientamos aos pais que saiam gradativamente desse processo de fazer tudo pelo aluno. É a criança que precisa aprender a fazer essa autogestão. E isso é ensinado, inclusive, nas tarefas em sala de aula e refletem diretamente nesse momento em que é necessário termos aulas remotas”.

O aluno protagonista é aquele que entende o seu papel no processo de aprendizagem, tendo em mente a importância de desenvolver estratégias próprias de estudo. Segundo a gestora pedagógica do GGE Anabelle Veloso, a autonomia deve ser incentivada desde a relação aluno x escola e filho x família, para que no futuro tenhamos adultos com voz ativa e mais cientes de sua participação na sociedade.

“Com tantas informações disponíveis, os alunos precisam ser levados à assertividade nas escolhas e, sobretudo, na forma de utilização de seus conhecimentos. Essas ações os fazem protagonistas. Alunos protagonistas serão cidadãos protagonistas”, finalizou a gestora.

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