A redação do Enem é uma das partes mais importantes da prova e pode ser decisiva na nota final do candidato.
Para se sair bem, não basta apenas dominar a escrita: é essencial saber quais repertórios socioculturais podem ser utilizados de forma produtiva e pertinente no texto.
O Inep avalia, entre outros critérios, a competência 2, que trata do domínio da argumentação e da capacidade de inserir referências externas para sustentar a tese.
Nesse ponto, o repertório assume papel estratégico, ajudando o estudante a demonstrar conhecimento e aprofundamento crítico.
O que é considerado repertório válido?
O repertório é toda referência que o candidato pode mobilizar para enriquecer a argumentação. Entre os exemplos mais valorizados estão:
- Obras literárias e filosóficas, como Machado de Assis, Clarice Lispector, Aristóteles e Hannah Arendt.
- Dados oficiais e pesquisas, como os divulgados pelo IBGE, ONU ou Unesco.
- Eventos históricos, a exemplo da Constituição de 1988 ou da Revolução Francesa.
- Produções culturais, como músicas, filmes, séries ou movimentos artísticos que dialoguem com o tema da proposta.
O que evitar?
Repertórios considerados genéricos, muito usados em todos os anos ou sem relação direta com o tema podem prejudicar a nota. O Enem valoriza a pertinência e a legitimidade da referência, ou seja, ela precisa ter vínculo claro com a proposta da redação e contribuir para o desenvolvimento da ideia.
Como treinar?
Especialistas recomendam que os estudantes montem um “banco de repertórios” durante a preparação, relacionando referências a grandes eixos temáticos que costumam aparecer, como cidadania, tecnologia, meio ambiente, saúde e direitos humanos.
Dessa forma, no dia da prova, é mais fácil selecionar a referência adequada para o texto.
O Enem 2025 será aplicado em novembro e, até lá, professores reforçam a importância de não apenas decorar repertórios, mas aprender a contextualizá-los de forma crítica e autoral. Esse diferencial pode garantir uma nota acima de 900 pontos na redação.