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Faça login ou cadastre-seJorge, Isabel e Bruna tiveram suas condutas amplamente estudadas pela promotoriaFoto: Luiz Pessoa/NE10
Durante o debate, a promotora chegou a reclamar com a juíza Maria Segunda de tentativas do trio de atrapalhar o seu discurso. Bruna, inclusive, chamou a atenção da magistrada, pedindo a vez para falar. Eliane Gaia se irritou e parou o discurso até que o mal-estar fosse resolvido. "Por favor, desconte aí no meu tempo, Vossa Excelência", disparou.
As provas estão aí e elas são fartas. Os senhores são soberanos para julgar os fatos. Utilizem essa soberania para fazer justiçaEliana Gaia, promotora
Os laudos dos exames de sanidade mental dos três acusados elaborados pelo psiquiatra forense Lamartine Hollanda, que atestavam que nenhum dos três têm doenças ou distúrbios mentais que possam comprometer o entendimento deles sobre o crime, foi uma das estratégias usadas pela promotora para tentar convencer os jurados. "Dona Isabel, por exemplo, sabia o que estava fazendo. Todos sabiam, eles se associavam para fazer, em uma pluralidade de ações", sustentou.
Jorge, Isabel e Bruna tiveram suas condutas amplamente estudadas pela promotoria durante o tempo reservado à acusação. Bruna, por sua postura fria, foi o principal alvo de alfinetadas. "Bruna é tão inteligente que quando perguntamos sobre o processo de Garanhuns, ela prontamente disse: 'Eu respondo lá!', e por quê? Porque o de Garanhuns ela ainda não estudou o processo. Este, jurados, ela leu todo", explicou.
Já nas considerações finais, a promotora explicou a diferença entre imputáveis - que podem responder pelo crime que cometem - e inimputáveis - portadores de doença mental que, no momento do crime, não têm consciência para responder judicialmente sobre o delito. "O louco premedita o crime?! Não! Ele faz a vítima, ele não articula o crime", explicou a promotora.
Algumas provas presentes nos autos dos processos, como mídia de depoimentos prestados à Polícia Civil de Pernambuco na época das investigações e cópias dos desenhos feitos por Jorge Beltrão, foram apresentadas pela promotora. "Eu aprendi uma verdade no júri. Ela é subjetiva, mas sempre segue um caminho. Mas a verdade do criminoso é que ele sempre está certo. Cada um tem a sua verdade. Eles acreditavam que estavam certos, mas eles não sou loucos. São pessoas normais", afirmou ao corpo do júri.
A promotora usou seus últimos minutos para se dirigir diretamente aos jurados. "As provas estão aí e elas são fartas. Os senhores são soberanos para julgar os fatos. Utilizem essa soberania para fazer justiça", terminou Eliane Gaia.