Expedição ajudará a entender migração de tubarões na costa pernambucana

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Expedição ajudará a entender migração de tubarões na costa pernambucana

Mariana Dantas
Publicado em 22/07/2014 às 18:37
https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2014/07/22/normal/55ae45af3a584324eeb90d19b21990ce.jpg Foto: JC


"As localidades escolhidas para marcação dos tubarões são estratégicas. Já sabemos que os tubarões-tigre que se aproximam da costa pernambucana utilizam as correntes Sul-Norte, vindos de Alagoas e seguindo para o Rio Grande do Norte. Porém não temos informações sobre sua origem, ciclo de vida e destino. Conhecendo melhor a migração dos animais, podemos promover medidas de prevenção de ataques mais eficientes e menos impactantes do ponto de vista ecológico", explica o professor do curso de engenharia da pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Fabio Hazin. Ele coordena o grupo formado por 12 cientistas da UFRPE, UFPE, das universidades do Pará, Bahia e do estado da Flórida, nos Estados Unidos.

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Fábio Hazin explicou ainda que, através do monitoramento via satélite, será possível saber se, depois de cruzarem o Cabo Calcanhar, no Rio Grande do Norte, os tubarões-tigre seguem em direção ao Caribe ou às ilhas oceânicas, como Fernando de Noronha. A movimentação dos predadores marcados durante a expedição poderá ser acompanhada através do site da Ocearch por um período de até dez anos.

Além dos 12 cientistas, o navio-laboratório da Ocearch conta ainda com 40 tripulantes, comandados pelo líder da expedição Chris Fischer. "É uma honra colaborar com os brasileiros através de dados tão importantes para o meio ambiente e também para a segurança pública", diz Fischer. Esta será a 20ª expedição da Ocearch, que teve início em 2007 e que já etiquetou mais de cem tubarões em várias partes do mundo, incluindo a África do Sul, Ilhas Galápagos e a Costa Leste dos Estados Unidos.


Pesquisador do Ocearch faz marcação em tubarão branco durante expedição. Foto: Divulgação

Para a expedição que tem início nesta quarta, a meta do grupo é marcar pelo menos vinte animais. "Esse número pode ser maior", afirma Fischer, acrescentando que os tubarões são capturados individualmente, com um anzol especial arredondado, que não machuca. "Não utilizamos tranquilizantes e nem redes; apenas um pano preto para cobrir os olhos do animal. Tudo é muito rápido, dura em média 15 minutos".

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