Uber

UBER: mais de 500 mulheres processam empresa por agressão sexual

Pelo menos mais 150 casos de abusos sexuais estão sendo ativamente investigados

Luana Simões
Luana Simões
Publicado em 14/07/2022 às 11:48
Noticia
Freepik
Uber; motorista de aplicativo; transporte; imagem ilustrativa FOTO: Freepik
Leitura:

A Uber é uma empresa multinacional que conquistou o mercado com serviços eletrônicos na área de transporte privado urbano.

Segundo dados da própria empresa, há cerca de 120 milhões de usuários atualmente e 1 milhão de motoristas parceiros.

Em meio ao escândalo do Uber Files, a empresa também responde ao processo de 550 mulheres nos Estados Unidos, que que alegam ter sido vítimas de abusos sexuais por motoristas da plataforma.

Veja também: Vazamento revela que Uber usou estratégias criminosas e antiéticas para crescer no mercado

MULHERES PROCESSAM UBER POR CASOS DE AGRESSÃO SEXUAL

Esse caso foi primeiro divulgado pelo jornal BBC, no qual cita que as vítimas dizem ter sido "raptadas, sexualmente abusadas, sexualmente agredidas, violadas, aprisionadas de forma ilegal, perseguidas, assediadas ou atacadas de outras formas pelos motoristas da Uber".

Além das acusações das 550 mulheres, mais 150 casos de abusos sexuais estão sendo "ativamente investigados" nos Estados Unidos.

VEJA TAMBÉM: Golpe do Cheiro do Uber: após série de relatos, polícia confirma início de investigações de prática que assusta mulheres

A Uber divulgou no mês de junho desse ano o seu segundo relatório de segurança, que revelou que foram registados um total de 998 incidentes de abuso sexual apenas em 2020, incluindo 141 violações diferentes.

A empresa divulgou ainda que, entre 2019 e 2020, recebeu 3.824 queixas que se enquadram naquilo que a Uber definiu como as cinco categorias mais graves de abuso sexual. Elas vão de "beijo não consensual numa parte não sexual do corpo" até à penetração não consensual.

Ao longo dos anos, a Uber introduziu diversas opções de segurança, mas a companhia alega com frequência nos processos que não pode ser responsabilizada pelos crimes dos motoristas, os quais ela considera “contratantes independentes” e não funcionários.

Em 2017, outra polêmica envolvendo agressão sexual envolveu a empresa, dessa vez fora do trânsito. Travis Kalanick, ex-presidente da Uber, deixou o posto em meio a denúncias de assédio sexual, demissão de executivos, acusações de roubo de propriedade intelectual e enfrentamento com autoridades ao redor do mundo.

Comentários

Mais lidas