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Vazamento revela que Uber usou estratégias criminosas e antiéticas para crescer no mercado

Investigação analisa vazamento de documentos da empresa Uber

Luana Simões
Luana Simões
Publicado em 11/07/2022 às 11:01 | Atualizado em 11/07/2022 às 11:01
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Motoristas de aplicativo; Uber FOTO: Reprodução/Shutterstock
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A Uber é uma empresa multinacional que conquistou o mercado com serviços eletrônicos na área de transporte privado urbano.

Segundo dados da própria empresa, há cerca de 120 milhões de usuários atualmente e 1 milhão de motoristas parceiros.

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No entanto, essa frenética expansão global pode ter sido por meio de táticas antiéticas e até criminosas.

Entenda mais sobre o caso a seguir:

ARQUIVOS VAZADOS APONTAM VIOLAÇÕES DA UBER

Um compilado de documentos confidenciais da Uber foi vazado, inicialmente, para a equipe de investigação do jornal britânico The Guardian. Agora, os arquivos estão compartilhados no Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).

Nomeada de "Uber Files", em português "Arquivos da Uber", esses documentos apontam estratégias questionáveis que os representantes da empresa usaram para expandir a plataforma no mercado.

Ao todo, são 124 mil documentos de 2013 a 2017. Neles, estão inclusos trocas de mensagens de texto e e-mail de diversos representantes executivos da corporação.

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Nesse período de cinco anos, a Uber era administrada por um dos fundadores Travis Kalanick, que tentou forçar o serviço de transporte em várias cidades ao redor do mundo, mesmo que isso significasse violar leis locais e regulamentos de táxi.

Os dados revelam como a empresa tentou alcançar apoio cortejando discretamente primeiros-ministros, presidentes, bilionários e grandes corporações midiáticas. Joe Biden, quando era vice-presidente dos Estados Unidos, e Emmanuel Macron, quando era ministro da Economia da França, foram alguns desses nomes.

A Uber teria, inclusive, criado uma técnica para esconder e se livrar de informações caso algum escritório fosse investigado.

Até o momento, o pronunciamento da Uber foi afirmar que a nova gestão de Dara Khosrowshahi é a que reflete a ética da empresa e que não vai se desculpar por erros do passado que "não estão alinhados com valores atuais".

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