EDUCAÇÃO

Preparação para a vida: a importância da formação global

Pesquisa mostra que famílias brasileiras valorizam a aprendizagem socioemocional no ambiente escolar, além dos conteúdos acadêmicos

Paloma Xavier
Paloma Xavier
Publicado em 17/12/2025 às 6:00
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Pais e responsáveis buscam escolas que preparem crianças e adolescentes não apenas academicamente, mas também desenvolvendo habilidades essenciais para a vida FOTO: Freepik

A demanda educacional evoluiu. Hoje, pais e responsáveis não se contentam apenas com índices de aprovação, eles escolhem colégios que ofereçam formação integral, preparando os alunos de forma sólida, humana e ampla para os desafios da vida.

Uma pesquisa conduzida entre 2022 e 2023 pelo Center for Education dos Estados Unidos e envolvendo 16 países, incluindo o Brasil, revelou a urgência de uma parceria mais sólida entre família, escola e comunidade para transformar a educação. O estudo, intitulado "Seis Lições Globais sobre como o Engajamento Familiar, Escolar e Comunitário Pode Transformar a Educação", ouviu um total de mais de 22 mil participantes, incluindo famílias, educadores e estudantes.

No contexto brasileiro, onde 1.001 famílias e educadores de ensino fundamental participaram (com o apoio da Vozes da Educação), o desejo por uma formação mais ampla é evidente: 61% das famílias brasileiras valorizam a aprendizagem socioemocional no ambiente escolar. Esse dado reforça a tendência global de que pais e responsáveis buscam que as instituições de ensino preparem crianças e adolescentes não apenas academicamente, mas também desenvolvendo habilidades essenciais para a vida.

O diretor da unidade Benfica do Colégio GGE, Veiga Neto, afirma que é preciso não se limitar a "cravar conteúdos para provas", mas também associar o desempenho a uma formação mais ampla.

"No GGE, estimulamos e desenvolvemos valores essenciais à personalidade dos nossos alunos como ética, cidadania, respeito e responsabilidade. A nossa proposta pedagógica busca desenvolver 'habilidades múltiplas', não apenas acadêmicas, ou seja, a busca por resultados é equilibrada pelo compromisso institucional em formar cidadãos conscientes, com valores sociais e morais, e com competências socioemocionais e de convivência. Esse equilíbrio faz parte de nosso DNA, onde os resultados não são um fim em si mesmos, mas um componente de um projeto muito mais amplo de formação", acrescenta.

O diretor destaca que, para o GGE, "formar um aluno 'globalmente' implica não só no domínio de conteúdos acadêmicos, mas no desenvolvimento de múltiplas habilidades (cognitivas, sociais e morais), preparando-o para os desafios da vida além da escola."

"Isso inclui estimular a criatividade, o raciocínio lógico, o interesse permanente pelo aprender, a socialização e a convivência, valorizando o ser humano em sua totalidade, ou seja, considerando o aluno como um ser plural, com valores, emoções e responsabilidades, não apenas como 'candidato a vestibular'. Dessa forma, nossa preparação para a vida tem caráter integral: acadêmico, humano e social", complementa.

Veiga também elenca os pilares do currículo acadêmico do GGE que garantem esse desenvolvimento mais amplo:

  • Liderança e trabalho em equipe — o currículo do Ensino Médio inclui estímulo ao trabalho em grupo, cooperação, resolução de conflitos e resiliência. O Pilar "Corpore Sano" implementa atividades de Educação Física e festivais esportivos que auxiliam esse desenvolvimento;
  • Habilidades socioemocionais (Projeto de Vida) — por meio do pilar “Trilha Socioemocional”, o GGE trabalha dimensões como “eu comigo, eu com o outro, eu com o mundo”, visando maturidade emocional, autoconhecimento, empatia, responsabilidade social;
  • Raciocínio lógico e resolução de problemas — O pilar “Hand-on” dá ênfase em pensamento crítico, lógica, resolução de problemas reais, por meio das aulas da Turma Olímpica, dos simulados, laboratórios (prolab) e ferramentas como VIA (verificação imediata da aprendizagem) e DreamsGame;
  • Habilidades linguísticas, comunicação e argumentação — estímulo à leitura desde a infância. O Pilar L.E.R (Leitura, Escrita e Reescrita) desenvolve programas de leitura e escrita, projetos de produção de texto sistemáticos e o desenvolvimento do pensamento crítico por meio do estímulo à leitura;
  • Acompanhamento pedagógico — corpo docente preparado e avaliado, apoio psicopedagógico, acompanhamento sistemático do comportamento, comunicação intensa com famílias; e atenção à saúde emocional, principalmente em períodos de provas.

O diretor ressalta, ainda, a importância de atividades extracurriculares. "Realizamos várias atividades além da sala de aula regular, com o intuito de aplicar o conhecimento em contextos reais e sociais. Projetos de leitura desde a infância, como o programa 'L.E.R.' (Leitura, Escrita e Reescrita), um dos pilares dentro de nosso currículo acadêmico, com iniciativas como 'Bibi do Livro' — uma 'biblioteca móvel' conduzida por alunos, promovendo o hábito de leitura, criatividade, oralidade e socialização", conta.

"Dentro desse mesmo pilar, há o projeto 'RediGGE', um concurso de redação para desenvolvimento de habilidades fundamentais para os vestibulares, iniciando nos anos finais do ensino fundamental, indo até o ensino médio, em um currículo absolutamente integrado. Ações de socialização, convivência e integração, esportes, festivais esportivos, trabalho em equipe e cooperação entre alunos", acrescenta.

No Ensino Médio, o destaque são os programas como o "ProLab". "Figuram dentro de mais um dos nossos pilares do currículo acadêmico, o Hands-on, e que permitem aprendizagens práticas, que ajudam os alunos a entender e aplicar conceitos em contextos concretos. Como também projetos de orientação profissional e vocacional, promovendo orientação com equipes especializadas, encontros com profissionais de diversas áreas para que os alunos conheçam possibilidades, experiências de campo e tomem decisões mais conscientes", explica.

A diretora pedagógica da unidade Aldeia do GGE, Karla Veras, salienta o trabalho de orientação educacional no processo de formação de cidadãos. "No GGE, essa orientação é integral, indo muito além da escolha profissional. Envolve autoconhecimento, compreensão de perfis, rodas e oficinas sobre futuro, acompanhamento com psicólogos, contato com profissionais de diversas áreas e orientação prática sobre carreiras e vestibulares. Essa abordagem conduz o aluno à construção de um projeto de vida coerente com suas habilidades, valores e sonhos", comenta.

Karla afirma que a instituição assume um papel ativo na escolha profissional e no apoio à construção do projeto de vida dos alunos: "A orientação é feita por meio de atendimento pedagógico e psicológico, por meio da coordenação pedagógica e do SOEP (Serviço de Orientação Educacional e Psicológica), com atuação social, afetiva e cognitiva, tanto coletiva quanto individual. Promovemos também uma grande Feira de Profissões, com profissionais de diversas áreas, promovendo rodas de conversa com os alunos, sobre carreiras, mercado, e expectativas, ajudando o aluno a ampliar sua visão sobre possíveis trajetórias, mas também trazendo orientações, palestras e ações para a família, pois ela, junto com a escola, forma a grande rede de apoio aos alunos."

"Esse tripé escola – família – aluno, formam toda a base de sustentação para uma educação de fato integral. Portanto, não se trata de orientação puramente vocacional, mas uma ênfase no autoconhecimento, no acompanhamento emocional, e na construção de um plano de vida que considere o contexto, os sonhos e as aptidões do estudante", finaliza.

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