Cobrada na Suécia, Dilma diz que crise não compromete compra de caças

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Cobrada na Suécia, Dilma diz que crise não compromete compra de caças

Maria Luiza Veiga
Publicado em 19/10/2015 às 14:36
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Apesar de um contrato assinado com a fábrica sueca Saad, Dilma foi questionada pela imprensa local pelo menos em três diferentes momentos sobre a viabilidade do governo em honrar os compromissos futuros da compra de 36 caças / Foto: Reprodução

Apesar de um contrato assinado com a fábrica sueca Saad, Dilma foi questionada pela imprensa local pelo menos em três diferentes momentos sobre a viabilidade do governo em honrar os compromissos futuros da compra de 36 caças Foto: Reprodução

A visita de dois dias da presidente Dilma Rousseff à Suécia serviu para ela garantir ao país que, apesar da crise econômica e política que vive no Brasil, o seu governo vai honrar os compromissos no contrato de compra de 36 caças.

Apesar de um contrato assinado com a fábrica sueca Saad, Dilma foi questionada pela imprensa local pelo menos em três diferentes momentos sobre a viabilidade do governo em honrar os compromissos futuros em meio a turbulências que envolvem inclusive um risco de processo de impeachment.

O acordo com a fabricante sueca Saad foi assinado em outubro de 2014 no valor, da época, de US$ 5,4 bilhões. Como o contrato é feito em coroa sueca, o montante hoje está em torno de US$ 4,5 bilhões, em razão da desvalorização da moeda local. O financiamento será feito pela SEK (agência de promoção de exportações do país escandinavo).

Os caças Gripen NG devem ser entregues à FAB (Força Aérea Brasileira) entre 2019 e 2024. Dos 36, 15 serão produzidos no Brasil.

Nesta segunda, um grupo de 46 engenheiros brasileiros começou a trabalhar no projeto na Suécia. Dilma os visitou na fábrica da Saad na cidade de Linkoping, acompanhada de autoridades do governo local e diretores da empresa. Ela chegou a entrar no "cockpit' de uma réplica de um caça.

Antes disso, ainda em Estocolmo, uma repórter sueca quis saber se a eventual abertura de um processo de impeachment contra a presidente no Congresso poderia pôr em risco a negociação com os suecos. Ao lado de Dilma, estava o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven.

Foi quando Dilma, um tanto incomodada com a situação, afirmou que não acredita numa "ruptura institucional" no Brasil e disse que o país tem uma economia sólida. "Asseguro que o Brasil está em busca de estabilidade política e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional. Nós somos uma democracia e temos tanto um Legislativo, como também um Judiciário e um Executivo independentes, que funcionam com autonomia e também harmonia", disse.

Logo depois, outra jornalista da mídia sueca perguntou se a turbulência econômica no Brasil compromete o pagamento dos caças. Sob o olhar do premiê sueco, Dilma então respondeu: "Não é um projeto que compromete os recursos do Brasil. O Brasil tem todas as condições econômicas de suportar um projeto deste tamanho. Não há uma implicação direta entre a crise econômica e o projeto, que é perfeitamente suportável para o Brasil".

"Acreditamos que vamos passar por esse período de dificuldades conjunturais que não vão afetar o projeto Grippen, que é estrutural para nós de médio prazo", disse.

No domingo (18), ao ser indagada por uma outra jornalista sueca, a presidente afirmou que o acordo dos caças era o "menor dos problemas" a ser resolvido no Brasil.

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