Declaração

Trump: ataque a Síria é 'vital para segurança nacional'

Julliana de Melo
Julliana de Melo
Publicado em 06/04/2017 às 23:37
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Presidente americano disse que "todos os países civilizados deveriam contribuir para o fim do conflito na Síria" / Foto: reprodução/ TV

Presidente americano disse que "todos os países civilizados deveriam contribuir para o fim do conflito na Síria" Foto: reprodução/ TV

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira (6) que o ataque contra a Síria foi "vital para a segurança nacional", após dezenas de mísseis de cruzeiro Tomahawk atingirem uma base aérea síria em retaliação ao bombardeio com armas químicas que matou 86 pessoas.

Ao destacar que o presidente sírio, Bashar al Assad, atacou com gás neurotóxico "homens, mulheres e crianças indefesos", Trump disse que "todos os países civilizados deveriam contribuir para o fim do conflito na Síria".

"Na terça-feira, o ditador sírio, Bashar al Assad, lançou um horrível ataque com armas químicas contra civis inocentes usando um agente neurológico mortal", declarou Trump em mensagem pela TV de sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida.

"Esta noite, peço a todos os países civilizados que se unam a nós para buscar o fim do derramamento de sangue na Síria e também para acabar com o terrorismo, de qualquer tipo".

"Esperamos que enquanto os Estados Unidos defenderem a justiça; a paz e a harmonia prevaleçam no final".

Consequências imprevisíveis

A Rússia apoia Assad desde o fim de 2015, razão pela qual qualquer ação militar para atacar no terreno sua força aérea poderia também afetar os sistemas de defesa aéreos russos e seu pessoal militar.

Diante deste cenário, a Rússia enviou mais assessores militares à Síria.

O papel de Moscou na votação do Conselho de Segurança da proposta de Grã-Bretanha, França e Estados Unidos exigindo uma investigação completa do caso pode ser chave.

A Rússia já antecipou que rejeita o projeto, que qualificou de "inaceitável".

Moscou apresentou uma contraproposta de declaração, que não menciona qualquer pressão sobre o governo sírio para que colabore com a investigação.

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu à comunidade internacional que não julgue o que ocorreu antes de uma completa investigação.

Putin considerou "inaceitável" fazer "acusações não fundamentadas contra qualquer um antes de uma investigação internacional imparcial e minuciosa" do que chamou de "incidente com armas químicas".

Durante o dia, especialistas turcos disseram que as vítimas do ataque foram expostas ao gás sarin. O chanceler sírio, Walid Muallem, voltou a negar a participação de seu governo em ataque com arma química. "O Exército sírio não utilizou, não utiliza e não utilizará este tipo de arma, e não apenas contra seu próprio povo, mas também contra os terroristas que atacam nossos civis com seus morteiros".

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