Caixas pretas encontradas no local do acidente estão a caminho da Inglaterra, onde a aeronave foi fabricada. Foto: Divulgação
O secretário de Segurança Aérea da Colômbia, coronel Freddy Bonilla Herrera, informou que a rota do avião da Lamia que levava a delegação do clube de futebol brasileiro Chapecoense previa uma parada de abastecimento que não aconteceu e foi decisiva para a pane seca, matando 71 pessoas e deixando seis feridos. O trajeto era Santa Cruz de la Sierra, Cobija (Bolívia) e Medellín, onde a aeronave caiu próximo ao aeroporto.
Ainda de acordo com Herrera, a autorização para entrada no espaço aéreo colombiano foi dada porque se esperava que as autoridades aéreas da Bolívia fizessem cumprir este itinerário. Durante a investigação, a Segurança Aérea da Colômbia - que é o equivalente à Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) do Brasil - quer saber dos bolivianos até quinta-feira (8) por que não foi realizada a parada prevista. Não está descartada a possibilidade de as autoridades bolivianas serem também responsabilizadas pela tragédia.
Investigação
"Quando o avião entrou no espaço aéreo colombiano só recebemos a informação do ponto de partida. Não sabíamos que não havia parado", disse o secretário de Segurança Aérea da Colômbia ao UOL. A reportagem não conseguiu entrar em contato com as autoridades bolivianas.
As caixas pretas encontradas no local do acidente, que podem revelar detalhes cruciais para a investigação, estão a caminho da Inglaterra, onde a aeronave foi fabricada.