Você leu {{ signinwall.data.visits }} de {{ signinwall.data.limit }} notícias.
Possui cadastro? Faça login aqui
{{ signinwall.metadata.blocked_text }}
Você atingiu o limite de conteúdos que pode acessar.
Para acessar o conteúdo, faça seu login abaixo:
Faça login ou cadastre-seO ataque foi rapidamente reivindicado pelo EI em um comunicado publicado nas redes sociais. "Dois soldados do califado se martirizaram em uma guarida de infiéis na zona de Sayyida Zeinab", afirmou o grupo radical sunita. Foto: Louai Beshara/AFP
Esta tripla explosão provocou importantes danos, formando uma enorme cratera na calçada e calcinação da fachada de um edifício, de acordo com um fotógrafo da AFP. Fumaça escapava de dezenas de carcaças de carros e de um ônibus, enquanto ambulâncias evacuavam os feridos.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) estimou em 71 os mortos nas explosões, incluindo cinco crianças. O ataque foi rapidamente reivindicado pelo EI em um comunicado publicado nas redes sociais. "Dois soldados do califado se martirizaram em uma guarida de infiéis na zona de Sayyida Zeinab", afirmou o grupo radical sunita.
Os xiitas são regularmente alvos de grupos jihadistas, principalmente do EI, que consideram os membros desta comunidade como hereges. Muitos peregrinos xiitas do Irã, Iraque, do Golfo e do Líbano peregrinam diariamente ao santuário de Sayeda Zeinab.
Em fevereiro de 2015, a mesquita já havia sido alvo de um ataque suicida que matou quatro pessoas e feriu 13 em um posto de controle perto do santuário. Este mesmo mês, uma explosão teve como alvo um ônibus de peregrinos xiitas libaneses que visitavam o local, matando pelo menos nove pessoas em um ataque reivindicado pela Frente Al-Nosra, o ramo sírio da Al-Qaeda.
Imediatamente após o ataque, as forças de segurança isolaram o local, enquanto membros do grupo xiita libanês Hezbollah foram implantados, de acordo com OSDH. O Hezbollah enviou para a Síria vários de seus combatentes para apoiar o regime do presidente sírio Bashar al-Assad após a revolta iniciada em março de 2011 com protestos anti-governamentais.
O ataque ocorre no momento em que os inimigos sírios, regime e oposição, estão reunidos em Genebra, onde a ONU quer fazê-los iniciar negociações indiretas para tentar acabar com quase cinco anos de uma guerra sangrenta. Mas o processo parece ameaçado, mesmo antes de começar, uma vez que a oposição tem se recusado a dialogar com o governo sírio. Ela exige, em particular, o fim dos cercos às cidades e dos ataques contra civis.
Contudo, o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, declarou neste domingo estar "otimista e determinado" em fazer avançar nas negociações. "É uma ocasião histórica que não deve ser desperdiçada", ressaltou Staffan de Mistura.
O conflito sírio já deixou mais de 260.000 mortos e forçou ao êxodo milhões de pessoas, mais da metade da população do país.