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Estado Islâmico publica vídeo dos autores dos atentados em Paris

Mayra
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Publicado em 25/01/2016 às 10:34
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O grupo Estado Islâmico (EI) publicou no domingo um vídeo, no qual afirma apresentar os nove autores dos atentados que deixaram 130 mortos em Paris em 13 de novembro do ano passado.

Na gravação, o EI ameaça todos os países da "coalizão", sobretudo a Grã-Bretanha. Segundo o vídeo, intitulado "Mate-os onde quer que os encontre", os envolvidos são quatro belgas, três franceses e dois iraquianos. Publicado pelo braço midiático do EI, o Centro de Mídia Al Hayat, as imagens mostram os supostos autores cometendo atrocidades, como decapitações e execuções à queima-roupa de pessoas apresentadas como reféns.

Expressando-se em árabe e em francês, vários deles dizem que "a mensagem é dirigida a todos os países que participam da coalizão" liderada pelos Estados Unidos. Desde setembro de 2014, estas nações intervêm contra o EI na Síria e no Iraque.

O vídeo também mostra um retrato do primeiro-ministro britânico, David Cameron, acompanhado de uma legenda em inglês que diz: "quem quer que se alinhe com os infiéis será alvo das nossas espadas". Além disso, os nove membros são descritos como "leões", que "puseram a França de joelhos". Entre as imagens, há passagens dos atentados de Paris e das operações da Segurança francesa após os ataques.

O presidente francês, François Hollande, afirmou nesta segunda-feira que "nenhuma ameaça fará a França hesitar", em uma resposta à divulgação do vídeo. "Nada nos assustará, nenhuma ameaça fará a França hesitar sobre o que deve fazer no combate ao terrorismo", disse o chefe de Estado à imprensa durante uma visita oficial à Índia. "Estas imagens não fazem mais do que desqualificar os autores dos crimes", afirmou.

"Se adotei medidas para prorrogar o estado de emergência é porque sei que existe a ameaça e não vamos ceder em nada, nem nos meios de defender nosso país, nem nas liberdades", completou Hollande. O EI reivindicou em 14 de novembro os atentados que deixaram 130 mortos e centenas de feridos na capital francesa.

Oito autores dos atentados foram identificados pela polícia, que até agora não conseguiu determinar os nomes de dois homens-bomba do Stade de France que usavam passaportes sírios falsos. O grupo jihadista os apresenta, com seus nomes de guerra, como dois iraquianos.

O vídeo faz referência à participação de Salah Abdeslam, foragido, que a polícia acredita ter dirigido os homens-bomba do Stade de France e que talvez tenha desistido de cometer um atentado no distrito 18 de Paris. Na última edição de sua revista de propaganda, publicada em 19 de janeiro, o EI apresentou os nove jihadistas de 13 de novembro.

O grupo, que desde junho de 2014 assumiu o controle de grandes faixas territoriais no Iraque e na Síria, documenta sistematicamente suas execuções e ataques com vídeos e uma profusão de imagens para sustentar sua propaganda.

O grupo é alvo há vários meses de uma pressão militar e busca projetar agora, segundo analistas, uma imagem de poder, apesar de sua produção midiática ter, na realidade, diminuído.

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