A Suécia pediu autorização a Quito para interrogar Assange, na legação equatoriana em Londres, sobre as acusações de estupro que pesam contra ele. Foto: AFP
- Polícia britânica insiste que Assange vai ser detido se deixar embaixada
- Saída da polícia de embaixada em Londres é propaganda, diz Assange
- Suécia pede formalmente ao Equador para interrogar Assange
O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou na quarta-feira que espera que o fundador do WikiLeaks seja interrogado nos próximos dias "pelas autoridades equatorianas com base nas questões e ordens da justiça sueca".
O ministro das Relações Exteriores equatoriano, Ricardo Patino, já havia garantido que o seu país cooperaria com a Suécia. O criador do WikiLeaks, de 44 anos e acusado de estupro por uma sueca, em Estocolmo, em agosto de 2010, está refugiado na embaixada equatoriana de Londres desde 2012 e recebeu asilo de Quito.
O australiano se recusa a voltar para a Suécia por medo de ser extraditado para os Estados Unidos, onde é investigado por causa do WikiLeaks. No site, foram divulgados em 2010 mais de 500 mil documentos sigilosos sobre Iraque e Afeganistão, assim como mais de 250.000 telegramas diplomáticos.
Depois de terem descartado um interrogatório em Londres, em 2015, os juízes suecos concordaram com ouvir Assange na embaixada. O Equador se recusou, então, a abrir as portas da embaixada na ausência de um acordo bilateral, o qual foi alcançado em dezembro passado.