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Suécia estuda proposta do Equador para interrogar Assange

Ingrid
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Publicado em 21/01/2016 às 14:40
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A Suécia pediu autorização a Quito para interrogar Assange, na legação equatoriana em Londres, sobre as acusações de estupro que pesam contra ele. / Foto: AFP

A Suécia pediu autorização a Quito para interrogar Assange, na legação equatoriana em Londres, sobre as acusações de estupro que pesam contra ele. Foto: AFP

A Suécia estuda a possibilidade de aceitar que o Ministério Público do Equador interrogue o fundador do WikiLeaks, Julian Assange - asilado na embaixada de Quitto em Londres - com base em um questionário fornecido por Estocolmo, segundo declarou a procuradoria. "Estamos examinando a possibilidade de realizar o interrogatório nessas condições", afirmou em um comunicado a procuradora Marianne Ny.

A Suécia pediu autorização a Quito para interrogar Assange, na legação equatoriana em Londres, sobre as acusações de estupro que pesam contra ele. Mas a promotoria equatoriana rejeitou o pedido por requisitos processuais.

O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou na quarta-feira que espera que o fundador do WikiLeaks seja interrogado nos próximos dias "pelas autoridades equatorianas com base nas questões e ordens da justiça sueca".

O ministro das Relações Exteriores equatoriano, Ricardo Patino, já havia garantido que o seu país cooperaria com a Suécia.  O criador do WikiLeaks, de 44 anos e acusado de estupro por uma sueca, em Estocolmo, em agosto de 2010, está refugiado na embaixada equatoriana de Londres desde 2012 e recebeu asilo de Quito.

O australiano se recusa a voltar para a Suécia por medo de ser extraditado para os Estados Unidos, onde é investigado por causa do WikiLeaks. No site, foram divulgados em 2010 mais de 500 mil documentos sigilosos sobre Iraque e Afeganistão, assim como mais de 250.000 telegramas diplomáticos.

Depois de terem descartado um interrogatório em Londres, em 2015, os juízes suecos concordaram com ouvir Assange na embaixada. O Equador se recusou, então, a abrir as portas da embaixada na ausência de um acordo bilateral, o qual foi alcançado em dezembro passado.

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