A Suécia e o Equador assinaram em dezembro um acordo de cooperação judicial para permitir o avanço das investigações que têm ramificações nos dois países, mas sobretudo para permitir o interrogatório de Julian Assange. Foto: AFP
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Assange, alvo de uma ordem de prisão europeia, se recusa a voltar à Suécia por medo de ser extraditado aos Estados Unidos, onde é criticado pela publicação pelo WikiLeaks em 2010 de 500.000 documentos classificados sobre Iraque e Afeganistão, assim como 250.000 comunicações diplomáticas.
Depois de ter descartado um interrogatório em Londres, os juízes suecos aceitaram na primavera boreal de 2015 viajar à capital britânica para coletar um depoimento do fundador do WikiLeaks. Mas o Equador rejeitou abrir as portas da embaixada, na ausência de um acordo bilateral.
Uma vez obtidas todas as autorizações, o interrogatório será realizado pela procuradora-geral Ingrid Isgren, em uma data ainda indeterminada.
Assange corria o risco até o fim de agosto de ser acusado de agressão sexual, mas esta acusação prescrevia cinco anos depois dos fatos. No caso do estupro, a prescrição ocorrerá em 2002 se não for lançado até lá um procedimento penal.