Quem não foi vítima de estupro também pode ficar traumatizada

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Quem não foi vítima de estupro também pode ficar traumatizada

Wladmir Paulino
Publicado em 29/09/2016 às 9:11
https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2016/09/28/normal/c7dab333a01767ab99ec7966dd3957d0.jpg Foto: JC


O taser é um dos aparelhos usados por mulheres para se defender dos agressores. / Foto: Divulgação.

O taser é um dos aparelhos usados por mulheres para se defender dos agressores. Foto: Divulgação.

Os recentes casos de estupro cometidos no Grande Recife já começam a desenvolver, em algumas pessoas, o que os estudiosos do comportamento chamam de ansiedade pré-trauma. Normalmente esse tipo de comportamento aparece quando a pessoa é vítima de uma emoção muito forte. Onde lê-se emoção também entenda-se violência e nela o estupro. Medo exacerbado e reclusão são alguns dos sintomas.

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O psiquiatra Samuel Abath em entre seus clientes, uma universitária que passou a apresentar tais sintomas após os estupros cometidos no Grande Recife. A diferença é que ele nunca foi vítima de tal violência nem tem entre suas relações pessoas que passaram por tal agressão.

"Ela não está conseguindo sair de casa. Mas nunca foi estuprada nem conhece ninguém que tenha sido. É só pelo que ouviu falar. Antigamente se falava só em ansiedade pós-trauma. Agora falamos em pré. Ela ouviu falar tanto nisso que não consegue mais sair, nem ir para a faculdade", pontuou.

Ele aponta outras atitudes como derivadas dessa ansiedade, como mulheres procurando meios de se defender de possíveis agressores, como spray de pimenta e taser - arma de eletrochoque. "Outras estão se matriculando em aulas de defesa pessoal", diz.

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