As equipes identificam os locais e os isolam para evitar danos ao processo de reprodução Foto: Divulgação
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O período de desova das tartarugas corresponde aos meses de setembro a março. A ação da secretaria visa garantir que o processo seja realizado até o nascimento dos filhotes. O período de eclosão dos ovos varia entre 45 a 70 dias depois da postura.
Nessa segunda-feira (23), foi localizado um ponto de desova de uma tartaruga da espécie "pente". Cerca de 130 ovos foram encontrados na praia de Piedade, na altura do Hotel Golden Beach. A área foi sinalizada para evitar que as pessoas interfiram no lugar.
A secretaria lembra que destruir ou danificar os ninhos configura crime ambiental Foto: Divulgação
Além dessas ações, durante os fins de semana uma equipe percorre as praias com folhetos explicativos com conteúdo para conscientizar moradores, turistas e banhistas. As peças explicam o que as pessoas devem fazer no caso de encontrar o animal na orla.
A secretaria informa que as tartarugas preferem por os ovos no horário da noite, pois a areia está mais fria. As espécies mais recorrentes na orla de Jaboatão são: Cabeçuda, Pente, Verde e Oliva.
DIFICULDADES - A maior dificuldade que a secretaria aponta está relacionada ao momento em que as tartarugas saem do mar em direção à areia. “As pessoas tiram foto, fazem barulho, tentam ajudá-las a cavar ou até mesmo devolvê-las pro mar. Isso as leva a procurar outros lugares para desovar. É preciso deixá-las realizar o processo, que muitas vezes dura horas”, alerta o chefe de núcleo de defesa dos animais, Adriano Artoni.
O ambientalista explica ainda que as tartarugas voltam para desovar no lugar onde nasceram: “É importante a preservação das espécies e fazer com que elas voltem ao seu lugar de origem. É preciso ter cuidado sempre”, pontuou.
CRIME E NOTIFICAÇÃO - De acordo com a Lei Federal 9.605, é proibido destruir ou danificar ninhos de tartaruga, o que configura é crime. Dependendo do caso, a multa pode chegar a R$ 5 mil. Para quem presenciar uma tartaruga desovando ou saber de qualquer informação sobre os ninhos, a dica é entrar em contato diretamente com a chefia de núcleo de defesa dos animais, pelos fones 9477-8889/8600-2315/9237-1682.