Você leu {{ signinwall.data.visits }} de {{ signinwall.data.limit }} notícias.
Possui cadastro? Faça login aqui
{{ signinwall.metadata.blocked_text }}
Você atingiu o limite de conteúdos que pode acessar.
Para acessar o conteúdo, faça seu login abaixo:
Faça login ou cadastre-seO clima tenso no Complexo Prisional do Curado teve início na segunda-feira (19) com motins e muita violência nos três presídios. No primeiro dia foi registrada a morte um sargento a Polícia Militar e de um detento. No segundo dia um segundo preso foi morto por esquartejamento. Os rebelados pediam a saída do juiz Luiz Rocha, acusado pelos presos de não ser hábil no julgamento dos processos de progressão de pena e transferências. Os detentos também exigiam melhores condições de convivência dentro das unidades e garantias de que seus familiares seriam melhor tratados em dias de visita.
Questionado sobre a decisão da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Pernambuco (OAB-PE) que decidiu entrar com representação no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), pedindo providências disciplinares em relação ao seu trabalho, o juiz Luiz Rocha se disse surpreso e que ficou sabendo da situação pela TV, enquanto negociava o fim da rebelião com os presos.
"Eu me sentiria muito mais feliz se a OAB tivesse designado 20 advogados para fazer uma parceira conosco, ou se o doutor Pedro Henrique (presidente da Ordem) tivesse vindo aqui para poder ver de fato o que é e, aí sim, tomar medidas, mas espero que da próxima vez o pessoal da OBA venha se informar primeiro do que está acontecendo", rebateu o juiz da 1ª Vara de Execuções Penais.
BARRETO CAMPELO - Nessa terça-feira (20), também foi registrada uma rebelião na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, Grande Recife. Detentos exibiram faixas pedindo mais rapidez no julgamento de processos. De acordo com a Secretaria de Justiça, 27 reeducandos ficaram feridos, 24 deles receberam atendimento médico na unidade e três foram encaminhados aos hospitais Miguel Arraes e Restauração, além de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Nenhum corre risco de morte e o estado de saúde é estável. O motim na unidade também foi encerrado na noite desta quarta-feira (21).
SISTEMA EM CRISE - Nos primeiros dias de janeiro, o novo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, enfrentou a primeira crise no caótico sistema prisional do Estado. Em apenas quatro meses e uma semana como secretário de ressocialização, Humberto Inojosa renunciou ao cargo. Em seu lugar, assumiu o coronel da PM Eden Vespaziano. Na ocasião, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, anunciou também um pacote de medidas.
A promessa mais ousada foi acabar com a circulação de armas brancas e celulares nas unidades prisionais, feita três dias depois da Rede Globo divulgar flagrantes registrados no Complexo do Curado. O sistema prisional do Estado é proporcionalmente o mais superlotado do Brasil, com déficit de agentes penitenciários e policiais militares para a segurança e monitoramento. Hoje, existem cerca de 31 mil detentos onde caberiam 10 mil deles.
No Complexo do Curado, uma rebelião foi deflagrada na véspera de Natal e por pouco detentos não conseguiram fugir por um túnel. A Globo divulgou imagens de presos circulando com facões e celulares, sem serem importunados, no complexo, a maior unidade do Estado. No último dia 7, o Batalhão de Choque foi ao local e fez uma varredura, encontrando cerca de 40 armas e celulares.