Apesar de negociar com detentos, Governo diz que poderá usar a força caso motins não cessem Foto: Guga Matos/JC Imagem
- Rebelião termina com 2 mortos e 29 feridos no Complexo Prisional do Curado
- Um dia após rebelião no Curado, detentos da Barreto Campelo protestam por rapidez judicial
- Presos tentam invadir pavilhão durante rebelião na Barreto Campelo e PM reage
- Governo promete acelerar julgamento de processos com novos advogados
"Quem é governo tem que estar sempre aberto a negociações. Ai daquele que for governo e não estiver pronto para negociar, para dar assistência, ou estender a mão. Mas isso não quer dizer que isso vá implicar em tibieza ou falta de coragem. Nós vamos manter a ordem com tranquilidade", comentou Pedro Eurico que completou dizendo que não pretende usar da força contra os presos das unidades prisionais, mas que se for preciso os batalhões especiais farão seu trabalho.
Não interessa tirar todos os telefones porque isso serve de sistema de informação, de inteligênciaPedro EuricoA afirmação do representante do Governo do Estado dá o tom de como as autoridades deverão tratar os motins que têm deixado o clima tenso na Grande Recife desde essa segunda-feira (19). A rebelião, iniciada ontem no Complexo Prisional do Curado, antigo Aníbal Bruno, no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife, deixou três mortos e 30 feridos. A mesma ainda não foi totalmente controlada até a noite desta terça. Já os detentos da Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, no Litoral Norte do Estado, fizeram um motim nesta terça (20). Cerca de 100 detentos subiram nos telhados dos seis pavilhões da unidade e exibiram faixas e cartazes pedindo que a Justiça seja mais ágil e julgue os processos.
Presos ao celular não são mais "novidade"Foto: Edmar Melo/JC Imagem