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Drenagem é concluída na Rua do Espinheiro, mas ficam as bocas de lobo

Amanda Miranda
Amanda Miranda
Publicado em 30/03/2016 às 14:50
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Rua do Espinheiro continua acumulando água em alguns lugares, mas problema foi minimizado pela obra / Foto: Júlio Cirne/NE10

Rua do Espinheiro continua acumulando água em alguns lugares, mas problema foi minimizado pela obra Foto: Júlio Cirne/NE10

Moradores da Rua do Espinheiro, na Zona Norte do Recife, esperaram anos por uma obra de drenagem na que era promessa de acabar com os alagamentos constantes na via. O projeto era de fazer o serviço desde o cruzamento com a Avenida João de Barros até a esquina com a Rua Amélia, resolvendo também os problemas das bocas de lobo e das irregularidades no asfalto. A obra começou em dezembro e terminou dois meses depois, metade do tempo previsto, porém sem cumprir o que havia sido divulgado.

No início da obra, a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) divulgou que a obra seria feita em quatro etapas, sendo a última nos mais de 200 metros desde a Rua Santo Elias até a Rua Amélia. Foi justamente essa, em um dos trechos considerados mais críticos pelos moradores, que não foi feita.

A estudante Amanda Duarte, 20 anos, mora no cruzamento entre a Rua do Espinheiro e a Rua Amélia e conta que, sempre que chovia, o transtorno maior era para os pedestres. "Você fica sem saída: ou molha o pé ou molha o pé. Quando um carro passa pela faixa lateral e o motorista não tem bom senso ainda molha você", reclamou. A via não ficou alagada nesta quarta-feira (30).

O comerciante Heleno Severino, 43, lembra que a calçada próximo ao cruzamento com a Rua Santo Elias, onde trabalha, costumava ficar cheia e prejudicar as vendas em dias de chuva. "Você nem conseguiria estar aqui se fosse antes da obra", disse à reportagem do JC Trânsito. O motivo para tantos alagamentos era que a rede de drenagem do bairro do Espinheiro já tem mais de 50 anos de instalação e estava defasada.

 

Rua do Espinheiro continua com bocas de lobo após obra de dren...

Sabe aquela obra de drenagem na Rua do Espinheiro? O serviço acabou em fevereiro, minimizando os alagamentos que eram constantes por lá. O problema agora é que, descumprindo a promessa inicial, as "bocas de lobo" continuam na via e provocam transtornos. A Emlurb diz que uma nova intervenção será feita no período de férias para solucionar essa questão. Será? http://goo.gl/WtxLeX

Posted by JC Trânsito on Wednesday, 30 March 2016



O problema dos alagamentos foi minimizado em alguns trechos após a troca de 492 metros de tubulação. De acordo com a Emlurb, a obra foi paralisada e considerada concluída ao chegar ao cruzamento com a Rua Santo Elias, em fevereiro, porque os técnicos perceberam que, na realidade, esse seria o trecho mais difícil.

Obra começou em dezembro e foi até fevereiro

Obra começou em dezembro e foi até fevereiroFoto: Sérgio Bernardo/JC Imagem

O fim do serviço, que complicou o trânsito no Espinheiro, estava previsto para abril e o orçamento era de R$ 1,7 milhão. Foram gastos R$ 1,3 milhão, entretanto, nem tudo foi resolvido. Caixas de passagem e poços de visita, as conhecidas - e alvo de reclamações - "bocas de lobo" seriam alvo da intervenção. No início da obra estavam a cada cinco metros, de acordo com a Emlurb, enquanto o ideal era de uma distância de 20 metros. Quem passa por lá sabe que os buracos continuam na via do mesmo jeito.

A promessa da Emlurb agora é de que uma nova intervenção será feita durante as férias de julho para eliminá-los, mas ainda sem previsão de custos ou de datas. Questionado sobre a troca do pavimento, o órgão afirmou que optou por não incluir a troca do asfalto no serviço para economizar recursos, mas que estaria em boas condições - o que não é relatado por moradores.

Essa é a última fase de uma obra que vem desde dezembro de 2014. A intervenção começou com a substituição da rede de drenagem na Avenida João de Barros, no trecho entre o viaduto da Avenida Agamenon Magalhães e a Rua do Espinheiro, além da recuperação de calçadas e do meio fio. O recapeamento da João de Barros foi este ano. A implantação de caixa de passagem e de tubulação no cruzamento da Avenida João de Barros com a Rua do Espinheiro foi a segunda fase. O custo total do sistema é de quase R$ 3 milhões.

 

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