PAVIMENTAÇÃO

Olinda também sofre com drenagem precária das vias

Julliana de Melo
Julliana de Melo
Publicado em 24/07/2015 às 16:45
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II Perimetral Norte é um dos principais alvos de reclamação na cidade / Foto:  Michel Mendes/Comuniq

II Perimetral Norte é um dos principais alvos de reclamação na cidade Foto: Michel Mendes/Comuniq

Ter problemas de drenagem não é um "privilégio" da capital pernambucana. O professor Oswaldo Lima Neto, que também é Secretário de Trânsito e Transporte de Olinda, afirma que a cidade vizinha tem os mesmos problemas de drenagem do que o Recife, com alguns agravantes, como o fato de o orçamento ser menor. "A prefeitura tem que reconhecer que falha no sistema de drenagem. Enquanto isso não for feito, terá custos grandes com consertos, que a própria prefeitura não pode arcar. Isso acontece principalmente em Olinda, porque não tem dinheiro. A população é de um terço e um doze avos em relação ao Recife", afirma Lima Neto.

A II Perimetral Norte é um dos principais alvos de reclamação na cidade. Segundo a gestão municipal, na semana passada foram colocadas raspas de assalto nos pontos mais críticos, mas a reposição só será feita quando houver estiagem. Em Olinda, as operações tapa-buracos custam R$ 2,5 milhões por ano.

Operações tapa-buracos em Olinda custam R$ 2,5 milhões por ano

Operações tapa-buracos em Olinda custam R$ 2,5 milhões por anoFoto: Cláudia Espíndola/Comuniq

Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a prefeitura afirmou que "quanto à drenagem das vias, ela segue todas as normas técnicas exigidas. Porém, o problema é com a imensa quantidade de lixo jogado nas galerias, canaletas e canais. Isso obstrui o curso normal da água das chuvas e provoca os alagamentos. Temos feito intensivas campanhas para conscientização da população para não jogar lixo nestes espaços e respeitar os horários de coleta do lixo."

O professor e a Emlurb concordam. "A população também tem grande culpa porque não tem educação suficiente para perceber que isso (jogar lixo nas ruas) pode acarretar nos alagamentos", afirma Lima Neto. Porém, o docente defende que as prefeituras devem ter mais diálogo com os moradores e promover mais ações educativas, não só no período de chuvas. Fernandha Batista explica que o lixo pode chegar às galerias, impedindo o fluxo de água, pressionando a tubulação e até danificando as redes.

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