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Reclama-se muito sobre as condições do Metrô do Recife. Faltam segurança, conforto, trens mais modernos. Porém, poucos são os passageiros que lembram que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) gasta, por ano, R$ 10 milhões para limpar estações, vagões, trilhos e canaletas. Menos ainda lembram que o valor poderia ser menor se os próprios usuários deixassem de jogar lixo em locais inadequados.

De acordo com a CBTU, do total, R$ 8 milhões são destinados à limpeza de estações e trens. O restante, R$ 2 milhões, vão para retirar o lixo dos trilhos e de canaletas - este ano, uma falha foi provocada por um saco de pipocas que estava nesses equipamentos.

A Companhia não informou quantas toneladas de lixo, de embalagens de plástico até sofas, são removidas. Mas quem visita a estação Joana Bezerra, na área central do Recife, uma das mais movimentadas, percebe o tamanho do problema:

A solução é simples: educação. Basta os passageiros jogarem lixo no lixo. Faltam escadas rolantes e elevadores, mas ainda há lixeiras nas estações e nos terminais. A Companhia está elaborando uma campanha educativa que será veiculada nas rádios e terá a entrega de panfletos com um personagem, o senhor Incoveniente.

A CBTU ainda tem que melhorar a estrutura dentro dos vagões, onde não há lixeiras. A alegação para a ausência dos equipamentos é que não é permitido comer dentro dos trens, o que, para a empresa, faria com que não acumulasse lixo. A questão é: essa é a única forma de gerar entulhos? Além disso, a proibição de se alimentar nos vagões funciona tanto quanto a que vale contra os ambulantes; ou seja, é ineficaz.