Destruído pelo incêndio

Governo de SP e Fundação Roberto Marinho assinam convênio para reconstrução do Museu da Língua Portuguesa

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 21/01/2016 às 23:55
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A fundação será a responsável pela execução das obras de reconstrução, restauro e reinstalação do museu / Foto: Fotos Públicas

A fundação será a responsável pela execução das obras de reconstrução, restauro e reinstalação do museu Foto: Fotos Públicas

O governo de São Paulo e a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo, firmaram nesta quinta-feira uma nova parceria para a reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, destruído em dezembro passado durante um incêndio na capital paulista. Ainda não há uma estimativa de investimento para a restauração, mas o governador Geraldo Alckmin disse que talvez seja necessária a ajuda da iniciativa privada.

A fundação será a responsável pela execução das obras de reconstrução, restauro e reinstalação do museu com a colaboração da Secretaria da Cultura do Estado e da entidade que administra o museu, a ID Brasil. Não há data para o início da restauração.

"Seria leviano sugerir qualquer data porque é preciso que todo o trabalho de rescaldo seja terminado", afirmou o secretário da Cultura em exercício, José Roberto Sadek.

Também participaram da cerimônia de assinatura do convênio na sede do governo estadual o superintendente executivo da Fundação Roberto Marinho, Nelson Savioli, o gerente executivo administrativo e financeiro da fundação, Luiz Henrique da Silva Cordeiro, o diretor de Relações Institucionais São Paulo do Grupo Globo, Fernando Vieira de Mello, e o diretor executivo da ID Brasil, Luiz Laurente Bloch.

Recursos da apólice contra incêndio que o prédio tinha no valor de R$ 45 milhões ajudarão nos gastos com a restauração. Mas, segundo Alckmin, eles podem não ser suficientes. A Secretaria de Cultura articulará parceiros e patrocinadores que já demonstraram interesse em apoiar a recuperação do museu.

"Talvez seja necessário buscarmos mais recursos na iniciativa privada", disse o governador.

Desde o incêndio, a retirada de entulho e limpeza das lajes estão sendo feitas. Isso tem ajudado a projetar o trabalho de restauro. Nos próximos dias, um laudo mais detalhado sobre o impacto do incêndio para a estrutura do prédio será entregue.

O superintendente executivo da Fundação Roberto Marinho afirmou que o museu será reconstruído com o que há de mais moderno em termos de tecnologia e que a equipe de engenheiros e arquitetos será a mesma responsável pelo recém-inaugurado Museu do Amanhã, no Rio.

"Depois de dez anos acontecer essa desastre foi uma grande fatalidade e nós nos sentimos na obrigação de vir ao governo e nos colocar à disposição para ajudar na reconstrução desse museu único", disse Savioli.

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