ABSURDO

Por fazer cocô 'fora de hora', mulher é advertida no trabalho; entenda

Durante uma entrevista, a mulher deu detalhes da situação

Bia Freire
Bia Freire
Publicado em 04/06/2022 às 17:58
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Reprodução/ PIXABAY
A mulher contou que se sentiu humilhada FOTO: Reprodução/ PIXABAY
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Uma mulher de 24 anos foi advertida no trabalho por fazer cocô fora de hora. Indignada com o fato, ela resolveu desabafar sobre a situação no Twitter e o post acabou viralizando nas redes sociais.

A jovem, que não foi identificada, disse que está bastante chocada com a atitude da empresa. Os detalhes foram revelados durante uma entrevista para o site UOL.

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Na entrevista, a jovem falou que se sentiu humilhada e que, por isso, resolveu compartilhar a situação nas redes sociais.

Advertência

A mulher contou para o site que trabalhava para uma empresa jamaicana através da modalidade Home Office.

"Encontrei essa vaga no Linkedin e enviei meu currículo. Fui chamada, passei uma semana em treinamento, durante 8 horas por dia, sem ganhar nada. Era uma empresa da Jamaica, que contrata serviços terceirizados de atendimento ao cliente para uma outra empresa, americana", disse ela.

"Depois fui contratada e passei outras duas semanas em treinamento, dessa vez, remuneradas. Aprendi tudo sobre o serviço, mas em momento algum nos foi falado sobre as condições de trabalho" completou.

Foi então, que, do modo mais difícil, a jovem descobriu que as condições de trabalho da empresa eram bastante limitadas.

"Ela me falou que eu só tinha direito ao 'Bio Break' ("Pausa biológica", em tradução livre), que é como eles chamam, durante os intervalos permitidos", contou

Além disso, a mulher relatou que ficou muito triste quando levou a 'bronca'.

"Eu acho que fui umas 2 vezes no banheiro e gastei uns 2, 3 minutos para cada vez. Chorei muito quando ela me deu a bronca, me senti invadida, humilhada", desabafou.

Prejuízos

A jovem ainda informou para a reportagem que foi obrigada a fornecer os próprios equipamentos para trabalho.

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"Fui obrigada a instalar um software de monitoramento no meu computador. Eles (a empresa) verificavam cada clicada no mouse, digitação no teclado, sites que visitava. Se eu fizesse algo que não estivesse incluído no trabalho, poderia receber advertência e até ser demitida".

Fim do contrato

A mulher, que recebe cerca de R$ 2,5 mil por mês, disse para o Uol que se sente aliviada, pois seu contrato já está perto de acabar.

"Nem adiantaria eu pedir demissão agora, porque além de não receber nenhum direito, ainda teria que cumprir 30 dias de aviso previsto em contrato. O jeito é esperar esse inferno acabar", finalizou.

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