Pesquisa

Pipoca de micro-ondas pode causar Alzheimer, segundo estudo da USP; entenda

De acordo com o estudo, o alimento contém uma substância que ajuda na evolução do Alzheimer

Bia Freire
Bia Freire
Publicado em 06/04/2022 às 14:35 | Atualizado em 06/04/2022 às 14:35
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Um estudo da Universidade de São Paulo (USP), que foi realizado por pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC), revelou que o consumo excessivo de pipoca de micro-ondas pode causar Alzheimer e outros problemas neurodegenerativos.

os pesquisadores realizaram experimentos em camundongos, que consumiram o alimento durante 90 dias seguidos. Depois desses dias, eles identificaram moléculas associadas ao Alzheimer no cérebro dos animais.

O alimento contém uma substância chamada diacetil, que é um composto responsável pelo aroma e o gosto amanteigado da pipoca de micro-ondas.

“Nós observamos que realmente existe essa tendência do diacetil causar danos ao cérebro. De 48 proteínas cerebrais que avaliamos após a exposição dos animais ao produto, 46 sofreram algum tipo de desregulação ou modificação em sua estrutura por conta do consumo prolongado do composto”, afirmou o autor da pesquisa.

Substâncias foram identificadas

Além desse fator, o autor do estudo afirmou que concentrações de beta-amiloides também foram identificadas no cérebro dos camundongos.

A formação de beta- amiloides estimula a via neuronal chamada C/EBP/AEP que, por sua vez, impulsiona o surgimento de doenças neurodegenerativas.

“Durante as análises, nós identificamos o aumento da concentração de proteínas beta-amiloides, que normalmente são encontradas em pacientes com Alzheimer. Além disso, outras alterações proteicas verificadas no cérebro dos ratos também podem estar relacionadas ao surgimento de demência e câncer”

Outros alimentos que contém diacetil

A substância diacetil também pode ser encontrada na composição de cafés, cervejas, chocolates, leites e iogurtes. No entanto, é na pipoca de micro-ondas onde se encontra uma maior concentração da fator.

O estudo contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

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