INFLUENCER É PRESO

Youtuber brasileiro com mais de 1 milhão de seguidores é preso por esquema criminoso em redes sociais

Segundo a polícia, o grupo criminoso faturou mais de R$ 20 milhões em esquema ilegal

Julianna Valença
Julianna Valença
Publicado em 21/03/2022 às 10:25
Reprodução/Instagram/@Klebim
O influencer é conhecido por exibir carros de luxo. FOTO: Reprodução/Instagram/@Klebim
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Na manhã desta segunda-feira (21), o youtuber brasiliense Kleber Moraes, conhecido como "Klebim", foi detido pela Polícia Civil do Distrito Federal. A informação é do portal G1.

A ação teve como alvo quatro pessoas suspeitas de participação em esquema criminoso voltado à prática de jogos de azar e lavagem de dinheiro.

O influencer reúne mais de 1 milhão de seguidores em seu canal do youtube "Estilo Dub". O homem publica vídeos sobre carros e acessórios de luxo, nas redes ele se intitula como "influenciador de sonhos".

 
 
 
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Investigações

Segundo o G1, as investigações apontam a atuação do grupo desde 2021 com o sorteio de veículos em rifas, e lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada. O grupo atuava nas redes sociais.

Em dois anos, os suspeitos teriam faturado R$ 20 milhões, de acordo com a polícia.

Foram cumpridos oito mandados de busca em Águas Claras, Guará e Samambaia, no Distrito Federal. 

Na ação, foram apreendidos nove veículos de luxo, entre eles uma Lamborghini e uma Ferrari, avaliados em R$ 3 milhões cada.

A mansão do líder do grupo, localizada no Park Way, também foi alvo da operação. Além dos veículos de luxo, foram apreendidos vários outros carros, uma motocicleta e um jet-ski.

Outros R$ 10 milhões foram bloqueados das contas dos investigados.

Esquema criminoso nas redes sociais

Ainda de acordo com o G1, as investigações apontam que a associação criminosa era liderada por youtubers, que promoviam rifas de veículos em redes sociais. A prática é proibida pelo governo federal, por ser considerada exploração de jogos de azar.

Os veículos eram preparados com rodas, suspensão e som especiais, e as rifas eram anunciados em um site.

Os bilhetes eram facilmente vendidos já que o sorteio era compartilhado com os milhões de seguidores dos perfis das redes sociais.

Os valores arrecadados seguiam para as contas de empresas de fachada e eram utilizadas para aquisição de novos veículos, registrados em nome de "testas de ferro".

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