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Faça login ou cadastre-seLonge de criar máquinas conscientes que nos aniquilarão no futuro, o desenvolvimento da Inteligência Artificial tem como objetivo ajudar a nossa própria tomada de decisões (não é por acaso que muitos especialistas preferem o termo "inteligência aumentada"). Um exemplo disso está sendo trabalhado pelos pesquisadores do Centro de Informática (CIn) da UFPE.
A ideia da equipe é melhorar o planejamento de ações preventivas contra doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Por isso, os pesquisadores estão criando métodos automáticos de contagem de ovos depositados pelo mosquito - e assim, melhorar a verificação das epidemias através da expansão do uso de armadilhas.
O projeto surgiu em 2017 através da iniciativa do professor Leandro Almeida e conta atualmente com a colaboração da pesquisadora Rosângela Barbosa, do Departamento de Entomologia da Fiocruz, do professor do IFPE Prof. Meuse Oliveira, além dos alunos de graduação e mestrado do Centro. Segundo Leandro, “a pesquisa é importante para resolver o gargalo da contagem manual de ovos de mosquito, que impossibilita a expansão desse uso de armadilhas” por ser um método cansativo, demorado e tendencioso.
Para realizar o levantamento de dados a respeito da proliferação do Aedes aegypti hoje, têm se utilizado armadilhas para a captura de ovos do mosquito, que são depositados em cartões (palhetas). A diferença é que, ao invés de utilizar a contagem manual, o projeto de pesquisa busca soluções voltadas para a automação dessa contagem.
As soluções compreendem uma parte (hardware) para a aquisição de imagens e outra parte de software com Inteligência Artificial que reconhece e conta automaticamente os ovos do mosquito nessas imagens. A automação possibilita expandir o uso de armadilhas, além de melhorar a qualidade das contagens e agilizar o levantamento de densidade de mosquitos.
Até então, foram realizadas contagens automáticas em cartões contendo os ovos de mosquitos através de técnicas de processamento de imagens com boa taxa de precisão e baixo custo associado. As pesquisas avançam para testes com cartões contendo maiores quantidades de ovos e também maior diversidade de cartões, além de soluções que utilizam Inteligência Artificial de ponta como Redes Neurais Profundas para uma maior precisão no reconhecimento e contagem dos ovos.
Considerando a necessidade de aprimorar o planejamento das ações preventivas que envolvem o combate às diversas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, tais como febre amarela, dengue, Zika, dentre outras, o professor Leandro Almeida avalia a importância de sua pesquisa.
“A prevenção tem um custo muito menor que ações tardias e a coleta de informações precisas e rápidas são fundamentais para a construção de políticas públicas eficazes”, comenta. Para Marília Saraiva, aluna de pós-graduação do CIn e integrante do grupo de pesquisa, além da contribuição em termos de saúde pública, o projeto é também uma oportunidade para “pôr em prática muitas das coisas que aprendi durante minha graduação e aplicá-las para solucionar um problema real”.