LOLLAPALOOZA: vinda de Rihanna ao Brasil faz chef pernambucana ficar entre os assuntos mais comentados do Twitter

A chef Carmem Virginia ficou entre os cinco assuntos mais comentados no Twitter na última quinta-feira (17) Foto: Divulgação

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LOLLAPALOOZA: vinda de Rihanna ao Brasil faz chef pernambucana ficar entre os assuntos mais comentados do Twitter

Rihanna e o namorado A$AP Rocky exigiram um cardápio para o camarim do cantor no Lollapalooza com itens típicos da culinária nordestina e os internautas levantaram a hashtag #MaeCarmemNoLolla
Fabiani Assunção
Publicado em 18/03/2022 às 19:37
A chef Carmem Virginia ficou entre os cinco assuntos mais comentados no Twitter na última quinta-feira (17) Foto: Divulgação


Um dos cinco assuntos mais comentados na noite da última quinta-feira (17) no Twitter foi este: #MaeCarmemNoLolla. A hashtag levantada inicialmente por perfis que militam na causa LGBTQIA+, mas que depois rapidamente espalhou-se, alcançando os trending topics da rede social, faz menção à chef pernambucana Carmem Virgínia, que comanda o restaurante Altar Cozinha Ancestral, localizado no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. 

O clamor dos internautas foi para que os organizadores do festival de música Lollapalooza - que este ano acontece entre os dias 25 e 27 de março, em São Paulo - deem à chef pernambucana o comando da comida servida no camarim do rapper americano A$AP Rocky.

Ele, que é namorado da cantora Rihanna, se apresenta no festival brasileiro no dia 26. A cantora está grávida já em fase final da gestação e anunciou que, mesmo assim, vai acompanhar o namorado nesta viagem ao Brasil; os dois pediram que fossem servidos no camarim do artista pratos bastante típicos da culinária brasileira.

Entre os pedidos estão cuscuz e manteiga de garrafa, bobó de camarão, mocotó, rabada, buchada, arroz doce, vaca atolada, tapioca, mandioca frita, pamonha, feijoada completa, acarajé, entre outras das nossas iguarias.

 

A repercussão nas redes

Quando foi publicado o cardápio exigido pelos pop stars, a chef pernambucana comentou em sua rede social que poucos chefs brasileiros teriam um repertório tão vasto de cozinha brasileira e que, por Rihanna estar grávida, estes pratos precisavam ser preparados com cuidado especial. Não demorou muito e seus seguidores levantaram a hashtag, que acabou ficando entre os temas mais postados na rede. 

Em entrevista, na tarde desta sexta-feira (18), a chef Carmen Virginia comentou a menção de seu nome na rede social: "eu fiquei tão emocionada, tão feliz; nunca pensei na minha vida que eu fosse chegar a estar entre os cinco assuntos mais comentados dentro do Twitter. Isso é muita coisa, não é? Foi uma das coisas mais lindas que eu já vivi na minha vida; a Rihanna pode não me chamar, o Lollapalooza pode não me chamar e isso pra mim não é mais importante. Eu já estou agradecida e me sentindo demais amada", celebrou a empresária. 

A chef Carmem Virgínia e seu Altar

Dona Carmen, como é conhecida, abriu seu restaurante Altar há cerca de oito anos, com a proposta de oferecer no cardápio pratos inspirados na culinária servida nas celebrações dos terreiros de religiões de matriz africana. A cozinha defendida pela chef remete à ancestralidade do povo negro, que é também a base da composição da culinária brasileira refletida nos pratos solicitados por Rihanna e A$AP Rocky. "A grande maioria dos pratos daquela lista é de comida ancestral, comida nordestina, essa comida regional. E essa é a minha cozinha, a cozinha que eu defendo", definiu a chef. 

Filha de professora, neta de merendeira, Carmem Virgínia é adepta e praticante do candomblé; na religião, ela é uma Iabassê - a responsável pelo preparo dos alimentos sagrados. Daí, a origem da escolha gastronômica que ela abraçou. E isso se reflete no cardápio do Altar, em que há itens como bolinho de feijoada, bobó de camarão, ensopadinho de sururu, galinha de cabidela, moqueca, feijoada de frutos do mar, arrumadinho... todos com inspirações e toques autorais. 

Na sua prática culinária, a empresária também costuma usar os espaços que ocupa como arma de transformação social. "Eu emprego pessoas em vulnerabilidade social, profissionalizo pessoas que nunca tiveram emprego antes, faço lives ensinando os pratos que me trouxeram até aqui... tudo isso porque eu entendo meu papel como algo mais humano; eu não quero ter que escolher um público alvo pra minha comida. O público alvo da minha comida é quem precisa de comida", finaliza. 

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