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Pernambuco teve um ganho a nível estadual e uma perda na bancada federal. Ana Arraes (PSB) e Luciana Santos (PC do B) foram votadas para a Câmara dos Deputados há quatro anos, mas, a mãe do ex-governador Eduardo Campos se tornou ministra do Tribunal de Contas da União no meio do mandato e a ex-prefeita de Olinda irá voltar a tomar posse sozinha em Brasília no próximo ano.
Na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a presidente do Partido dos Trabalhadores no Estado, Teresa Leitão, e a filha do governador João Lyra (PSB), a também socialista Raquel Lyra, foram reeleitas. Além dela, vão assumir Simone Santana, esposa do prefeito de Ipojuca, Carlos Santana, ambos do PSB; Socorro Pimentel (PSL), esposa do ex-deputado socialista Raimundo Pimentel, que rompeu com o partido para apoiar a candidatura de Armando Monteiro Neto (PTB) ao Governo do Estado; e Priscila Krause (DEM), filha do ex-governador pelo antigo PFL Gustavo Krause. Laura Gomes (PSB) e Mary Gouveia (PHS) não foram reeleitas. Assim, a fatura fica: cinco mulheres escolhidas para o cargo em 2014 contra quatro em 2010.
CONGRESSO - Como o mandato dos senadores é de oito anos, a cada eleição muda o número de senadores eleitos: se em um pleito dois terços da Casa são renovados, cabendo a cada estado e ao Distrito Federal eleger dois representantes, quatro anos depois só haverá votação para um parlamentar.
Este ano, foi essa última opção. Dos 27 legisladores eleitos, quatro foram mulheres, metade do Nordeste: Maria do Carmo (DEM-SE), Fátima Bezerra (PT-RN), Kátia Abreu (PMDB-TO) e Rose de Freitas (PMDB-ES).
Proporcionalmente, esse cenário é semelhante ao de 2010, quando foram escolhidos dois senadores por estado. Na eleição passada, nove mulheres tornaram-se senadoras, apenas uma nordestina, Lídice da Mata (PSB-BA), candidata a governadora da Bahia este ano que ficou em terceiro lugar na disputa vencida pelo petista Jaques Wagner.
Da mesma forma que em 2010, Pernambuco não elegeu nenhuma senadora. Isso não é inédito, já que o Estado fruto de uma sociedade patriarcal nunca teve uma senadora.
HISTÓRIA - Nacionalmente, as mulheres votaram e foram votadas pela primeira vez na na eleição para a Assembleia Nacional Constituinte de 1933, depois de mais de 100 anos de luta, já que os debates sobre o assunto começaram antes da Constituição de 1824, documento que não trazia impedimentos a esse direito, mas também não os explicitava.
Dilma Rousseff foi a primeira mulher eleita presidente do BrasilFoto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula