Adeus

Cármen Lúcia deixa velório de Teori e volta para Brasília

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 21/01/2017 às 15:04
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Cármen Lúcia deixou o velório de Teori pouco mais das 15h do TRF-4, em Porto Alegre, no RS / Foto: Agência Brasil

Cármen Lúcia deixou o velório de Teori pouco mais das 15h do TRF-4, em Porto Alegre, no RS Foto: Agência Brasil

  A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, deixou pouco depois das 15h deste sábado (21) o velório do colega Teori Zavascki, que ocorre na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. Ela volta para Brasília ainda neste sábado. Quem chegou no fim do velório foi o também ministro do Supremo Luiz Edson Fachin.

O cerimonial já fechou a entrada para o público e a previsão é que o cortejo saia em direção ao cemitério Jardim da Paz, na zona leste da capital gaúcha, às 16h30. Inicialmente o enterro estava previsto para 18 horas.

A tragédia 

O relator da Lava Jato, ministro do STF Teori Zavascki, estava no avião que caiu no mar perto da cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, na tarde da última quinta-feira. O Corpo de Bombeiros confirmou a morte do magistrado.

Ele era um dos passageiros do avião bimotor que caiu no mar perto da cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, na tarde desta quinta-feira (19). A aeronave de pequeno porte partiu do Campo de Marte, em São Paulo, às 13h01, com destino à cidade fluminense. Além do ministro, mais quatro pessoas estavam no avião, que também faleceram.  Os corpos das vítimas ficaram presos às ferragens da aeronave, que ficou quase inteiramente submersa, com cerca de 80% de sua estrutura debaixo do mar. 

Carreira 

Nascido em Faxinal dos Guedes, Santa Catarina, em 15 de agosto de 1948, Teori Albino Zavascki era o relator da Operação Lava Jato, no STF, sendo responsável por cerca de 7 mil processos. Em maio de 2016, ele tomou uma atitude inédita na Corte e convocou um juiz a mais para ajudar com os processos. Outros ministros têm dois magistrados à disposição. Zavascki tinha três.

Atualmente, o ministro Teori Zavascki tinha sob sua relatoria 13 ações penais e 67 inquéritos, sendo que duas ações penais e 42 inquéritos eram da Operação Lava-Jato. Embora as investigações ainda não estejam na fase final, já provocaram muita dor de cabeça em autoridades em Brasília.

Saiu do gabinete do ministro, por exemplo, a ordem de afastamento do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara. Teori também já determinou a prisão do ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), que era líder do governo no Senado. Os dois foram punidos por tentativa de atrapalhar as investigações da Lava-Jato.

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