"A cláusula democrática já existe no Mercosul, mas ela precisa de fatos determinados", disse a presidente em coletiva de imprensa. Foto: Agência Brasil
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Presidente argentino eleito na votação de 22 de novembro, Macri antecipou que pedirá a aplicação da cláusula democrática contra a Venezuela, alegando que o país tem presos políticos, entre eles Leopoldo López, condenado a quase 14 anos de prisão por acusações de incitação à violência durante protestos contra o presidente Nicolás Maduro. "Faremos como dissemos na campanha. Vamos invocar a cláusula democrática contra a Venezuela, pelos abusos e pela perseguição contra os opositores", declarou Macri.
A presidente brasileira lembrou que essa cláusula foi usada em 2012 para suspender o Paraguai, após a destituição do presidente Fernando Lugo pelo Senado. "Mas ela tem de ser colocada em cima de fatos determinados, ela não é genérica", insistiu.
O Mercosul atualmente é formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. A Bolívia está em processo de adesão. Macri, de tendência liberal, substituirá a presidente de centro-esquerda Cristina Kirchner em 10 de dezembro. A próxima cúpula do Mercosul será realizada em 21 de dezembro no Paraguai. Macri também manifestou seu desejo de que sua primeira visita ao exterior seja ao Brasil: "Queremos fortalecer as relações com nossos irmãos latino-americanos".