O delator teria entregue entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo a Cunha como parte de uma propina total de US$ 5 milhões Foto: Arquivo / Agência Brasil
Altair foi citado pelo delator Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano - pivô do cerco a Eduardo Cunha - , como o enviado do peemedebista nessas ocasiões. Os investigadores verificaram que Altair frequentava o gabinete 510 na Câmara, usado por Cunha.
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Em 10 de setembro, Baiano havia revelado a ação do braço-direito de Eduardo Cunha. Segundo ele, em certa ocasião, o deputado lhe sugeriu que procurasse "uma pessoa de nome Altair, no escritório dele (Cunha), na Avenida Nilo Peçanha, Rio".
O delator contou à Procuradoria-Geral da República que entregou entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo a Cunha como parte de uma propina total de US$ 5 milhões - paga com atraso ao parlamentar porque outro lobista, Júlio Camargo, ficou devendo. A propina era relativa à contratação de navio-sonda da Petrobras
Segundo Fernando Baiano, o emissário de Eduardo Cunha "aparentava ser um assessor ou uma pessoa de confiança, até mesmo porque todos os valores entregues no escritório foram para Altair".