Segundo mandato

Lula critica demora de Dilma para fazer reforma ministerial

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 30/09/2015 às 19:27
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Em encontro com petistas em SP, ex-presidente defendeu ainda incentivo ao crédito / Foto: Agência Brasil

Em encontro com petistas em SP, ex-presidente defendeu ainda incentivo ao crédito Foto: Agência Brasil

O ex-presidente Lula disse nesta quarta-feira (30), em reunião com a Executiva do PT, em São Paulo, que a presidente Dilma Rousseff deveria ter colocado em prática a reforma ministerial atual em novembro do ano passado, na montagem da equipe do segundo mandato.

Lula defendeu ainda que sejam feitas mudanças na política econômica, com adoção de medidas como a abertura de uma linha de crédito por parte do BNDES para empresas. Também quer que o crédito para a população seja facilitado. Na visão do ex-presidente, seria uma forma de incentivar o consumo para o país sair da crise. O encontro durou mais de três horas.

De acordo com presentes, o líder petista disse ainda que se reunirá nesta quinta-feira com Dilma para tratar dos últimos detalhes da reforma ministerial. Ele quer que a presidente adote um discurso de que as mudanças não são um caminho para evitar o impeachment e sim uma nova fase do governo com vistas à superação da crise.

O presidente do PT, Rui Falcão, disse que Lula acredita que a reforma ministerial é o caminho para o governo reconstruir a sua base no Congresso com o objetivo de “debelar a crise política e permitir que a economia volte a crescer”.

"Na nossa opinião e na dele (Lula) a reforma ministerial deve ser um momento de construção de estabilidade política para que o país possa retornar suas políticas de crescimento da economia. Para que isso se dê, é preciso que haja uma maioria congressual".

A Executiva do PT havia pedido uma reunião com Lula para discutir a conjuntura política e econômica do país. O ex-presidente não se encontrava com grupo de dirigentes da legenda desde junho, no Congresso do PT, em Salvador .

Segundo o presidente do PT, Lula cobrou dos dirigentes do partido maior mobilização. O ex-presidente quer que os dirigentes intensifiquem as viagens pelo país, “seja de barco ou de ônibus”.

"Ele acha que nós temos que ativar a nossa mobilização", disse Falcão.

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