Relator das contas de Dilma no TCU se diz ameaçado e pede mais segurança

https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2015/09/16/normal/10eef288610095acd12ab00bb6d74ba3.jpg Foto: JC

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Relator das contas de Dilma no TCU se diz ameaçado e pede mais segurança

Ana Maria Miranda
Publicado em 16/09/2015 às 13:08
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Nardes teria recebido ameaças por e-mail, e passou a andar com dois seguranças designados pelo TCU / Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Nardes teria recebido ameaças por e-mail, e passou a andar com dois seguranças designados pelo TCU Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

O ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes afirmou que ele e integrantes de sua equipe receberam mensagens com teor de ameaça nas últimas semanas.
Nardes, que relata as contas de governo de 2014 da presidente Dilma Rousseff, está andando com reforço na segurança. Ele também pedirá a abertura de investigações sobre os emails enviados.

"A preocupação maior é com os membros da minha equipe", afirmou o ministro.

Conforme reportagem do jornal "O Globo", Nardes recebeu mais de 13 mil mensagens de e-mail desde que foi escolhido para analisar as contas de governo da presidente, que é uma obrigação anual do tribunal de contas. Entre as mensagens, foram identificadas algumas com teor de ameaça.

Depois disso, ele passou a andar com dois seguranças designados pelo TCU. Segundo Nardes, a Polícia Federal já foi informada do caso.

CONTAS - Em junho, pela primeira vez desde 1937, o relator das contas de um governo não deu parecer pela sua aprovação. Nardes considerou que não era possível aprovar os gastos do governo do ano passado devido a um conjunto de 15 irregularidades apontadas e pediu explicações ao governo.

Entre as irregularidades estão o pagamento de despesas do governo por bancos públicos, gastos sem autorização do Congresso e aumento de despesas sem recursos para cobri-las.
O governo nega as irregularidades.

A expectativa é que a decisão do TCU sobre as contas ocorra na primeira semana de outubro. O relatório do TCU será encaminhado ao Congresso que tem o poder de confirmar ou reverter a decisão do tribunal.

Uma possível rejeição das contas está sendo usada como argumento por parlamentares de oposição e da base para apoiar o impeachment da presidente.
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