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Marcelo Crivella se filiará ao PMR com José Alencar

Ne10
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Publicado em 29/09/2005 às 15:41
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O senador Marcelo Crivella (RJ), bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, se filia na tarde desta quinta-feira ao PMR (Partido Municipalista Renovador), juntamente com o vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar, no hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte (MG).

Ontem, Crivella divulgou sua saída oficial do PL. O anúncio de sua mudança de partido ocorre 24 horas antes do prazo estipulado pela Justiça Eleitoral para o troca-troca partidário visando o pleito do ano que vem.
A legenda, criada em 25 de agosto, sob orientação da Igreja Universal do Reino de Deus, ficou conhecida como o "partido dos evangélicos" por nascer sob inspiração do bispo Edir Macedo, líder da Universal.

No entanto, segundo a assessoria de Crivella, o partido --que deverá mudar para o nome de PR (Partido Republicano) até o fim do ano-- é presidido por Raphael de Almeida Magalhães e Roberto Mangabeira Unger, dois intelectuais absolutamente dissociados da "vida religiosa".

Raphael de Almeida Magalhães é advogado, ex-governador da Guanabara, ex-deputado federal e foi ministro da Previdência no governo José Sarney. Magalhães, conforme a assessoria do senador, é também o autor do livro "O Mercado de Seguros no Brasil", que reafirma a necessidade de se acabar com a corretagem obrigatória.

Já Unger, professor da Universidade de Harvard, é filósofo e pensador social. Ainda de acordo com a assessoria de Crivella, Unger defende a tese de que quase todos os partidos estão cooptados por uma das duas coalizões --de governo ou da oposição-- que encarnam o mesmo projeto.

"Daí a desorientação que nós, os inconformados, sentimos ao procurar líderes e partidos em que possamos acreditar. Daí a urgência de nossa atuação para informar, criticar, propor e organizar", disse Unger.
Na última quarta-feira, a assessoria de Crivella havia informado que ele já teria cogitado a sua saída do PL há 15 dias.

Além disso, a saída de Alencar também teria motivado o parlamentar a deixar o partido cujo presidente, Valdemar Costa Neto, renunciou ao mandato de deputado federal após ter seu nome envolvido no escândalo do "mensalão".

Fonte: UOL/ Folha Online

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