Coreia do Sul

Herdeiro da Samsung é preso em investigação sobre corrupção

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 17/02/2017 às 0:03
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O herdeiro do grupo empresarial Samsung, Lee Jae-Yong, foi detido nesta sexta-feira (17), no âmbito da investigação por corrupção e tráfico de influência, caso que provocou o impeachment da presidente sul-coreana, Park Geun-Hye - anunciou a Justiça local.

"Está demonstrado que é necessário prender [Lee Jae-Yong], à luz de uma nova acusação e de novas provas", indicou um porta-voz da Justiça em um comunicado.

Lee Jae-Yong - vice-presidente da Samsung Electronics e filho do presidente do grupo, Lee Kun-Hee - é acusado de pagar cerca de US$ 40 milhões em subornos à confidente de Park para obter favores políticos.

Ele já estava em um centro de detenção, depois de comparecer à Justiça, nesta quinta-feira, à espera da decisão judicial sobre se seria necessário emitir uma ordem de prisão contra ele.

Lee, de 48 anos, já havia sido várias vezes interrogado por seu suposto papel no escândalo. No mês passado, escapou de ser detido depois que um tribunal determinou não haver provas contra ele.

A Promotoria voltou a pedir sua detenção na terça-feira, alegando que surgiram novas evidências nas últimas semanas.

Sua detenção, a primeira de um executivo da Samsung, pode afetar todo o conglomerado, que representa 20% da economia sul-coreana e inclui o primeiro fabricante mundial de smartphones, a Samsung Electronics.

O grupo mal se recupera do duro golpe sofrido com a retirada de seu principal modelo, o Samsung Galaxy Note 7, devido a um problema na bateria de alguns aparelhos que chegaram a pegar fogo.

O escândalo de corrupção gira em torno de Choi Soon-Sil, confidente de Park Geun-Hye, que está sendo julgada por ter usado sua relação com a presidente destituída para obrigar grandes conglomerados sul-coreanos a pagar milhões de dólares às suas duas fundações privadas supostamente beneficentes. Os recursos eram usados, contudo, para fins pessoais.

Desde que o caso explodiu, mais de dez pessoas foram detidas, incluindo Choi, os ex-ministros da Cultura e de Assuntos Sociais, um ex-diretor do gabinete presidencial e um professor universitário.

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