No dia nacional do combate ao tabagismo, veja como se libertar do vício

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No dia nacional do combate ao tabagismo, veja como se libertar do vício

Thiago Vieira
Publicado em 29/08/2016 às 14:00
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Desde 2008 é obrigado por lei o uso de imagens agressivas para mostrar os problemas causados pelo cigarroFoto: EBC

Embora o vício seja um problema crônico e que deva ser acompanhado por médicos e manter o alerta durante toda a vida, algumas atitudes podem ajudar o fumante a se livrar do hábito. Confira:

1 - Entender os riscos do tabaco
É importante que o fumante entenda que o cigarro é prejudicial à saúde. Para isso, buscar mais informação e ouvir especialistas é fundamental para a percepção da necessidade de interromper o vício.

2 - Reconhecer o vício
Sabendo das complicações que o tabaco pode trazer, o fumante tem que reconhecer o vício. É importante ressaltar que aquelas pessoas que fumam apenas em festas e em determinadas ocasiões - como festas ou situações específicas - também estão expostas aos riscos. 

3 - Procurar um médico
Como o tabagismo é um problema crônico, é importante que o fumante seja acompanhado por um médico. A porta de entrada pode ser um pneumonologista, que fará exames que indicam se os danos do paciente são graves, moderados ou leves. Cardiologistas também são indicados pelo mal que o tabaco faz ao coração. Acompanhamento psiquiátrico é outra especialidade que pode ser necessária para acabar com o vício.

As dicas a seguir só devem ser seguidas com o acompanhamento e a recomendação de um médico especializado.

4 - Produtos de nicotina 
Pastilhas, chicletes, adesivos e até spray de nicotina podem ser recomendados por médicos. A ideia é que o organismo não sinta tanto a dependência, mas já pare de consumir o cigarro e agravar os danos causados pela fumaça. O uso vai sendo diminuído gradativamente até que o paciente não sinta mais a necessidade de consumir o tabaco.

5 - Uso da Bupropirona
A Bupropirona é um remédio antidepressivo que pode ajudar no controle da necessidade. Segundo o médico Esdras, com uma semana o paciente já não sente a necessidade de fumar, mas o tratamento ocorre durante 3 meses para que o desejo não volte. Todo esse período deve ser acompanhado pelo médico e, ao fim do processo, o paciente deve sempre se manter em alerta para não voltar ao uso dos cigarros.

6 - Parada gradual 
Uma das mais comuns técnicas usadas é a parada gradual do fumo. O paciente vai diminuíndo a quantidade de cigarros que fuma por dia gradativamente até conseguir para definitivamente o uso.

7 - Parada abrupta
Uma das mais difíceis de ser conseguida é a parada abrupta. O paciente simplesmente estipula um dia e, a partir dele, para de consumir de uma vez por todas o cigarro. Esse procedimento pode acarretar em alguns problemas causados pela abstinência, por isso é importante que um médico acompanhe o caso.

Todas essas técnicas podem fazer com que o paciente se liberte de vez do vício e volte a ter uma vida comum sem o tabaco. É o caso de dona Enedina Cavalcante. Hoje, com 61 anos, ela conta que consumiu o primeiro cigarro aos 9 anos de idade. "Às vezes meu pai ia fumar no quintal e pedia para que eu levasse o cigarro para ele. Aí eu comecei a pegar alguns escondidos e usar sem ele saber", conta Enedina, que conseguiu se livrar do vício há 22 anos.

Aos 17, ela começou a fumar regularmente, e chegou a consumir um maço de cigarro por dia. Ela deu fim ao vício em 1994, quando já estava sentindo algumas complicações. Em alguns exames pré-operatórios  para uma cirurgia que pretendia fazer no nariz, o médico a alertou sobre os riscos que ela corria. Ainda assim, ela disse que não ia parar de fumar. 

Para a cirurgia, então, o médico pediu que pelo menos 12 horas antes e depois ela não consumisse cigarro e assim foi feito. Inesperadamente, ela disse que após o procedimento nunca voltou a sentir o gosto do cigarro como antes, e passou a não gostar de fumar. "Quando eu coloquei o cigarro na boca era diferente. Eu até hoje lembro de como era o gosto antes da cirurgia, mas depois dela eu não suporto mais o gosto na minha boca", relata.

Agora ela percebe o bem o fim do vício causou e diz que não pretende nem experimentar o cigarro mais uma vez. "É uma questão de escolha. Tive que olhar para dentro de mim e sabia que estava entre escolher viver ou morrer", conta Enedina.

Mesmo que um processo difícil, os médicos acreditam que grande parte das pessoas que procuram tratamento conseguem se libertar do vício. É importante a conscientização para que cada vez menos existam pessoas dependentes do tabaco.
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