Pesquisa aponta falta de conhecimento dos brasileiros sobre meningite

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Pesquisa aponta falta de conhecimento dos brasileiros sobre meningite

Priscila Miranda
Publicado em 16/05/2016 às 20:08
https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2016/05/16/normal/63cb38eb96b74ba27542faf46475e797.jpg Foto: JC


Existem 13 sorogrupos identificados da bactéria Neisseria meningitidis, porém as que mais causam a doença são a A, o B, o C, o Y e o W135O. O médico alerta que o sorogrupo B é considerado uma doença endêmica em Pernambuco, já que nas últimas décadas têm se mantido estável e sem diminuição de casos. “O estado tem um dos maiores números de meningo B em crianças abaixo dos cinco anos, cerca de 58% de todos os registrados. A cada 10 casos de meningite, seis são do tipo B e muita gente nem sabe”, diz Lorenzato.

O motivo para esse alto registro, ainda de acordo com o especialista, é que a meningite tipo C é combatida com vacinação disponibilizada pelo Ministério da Saúde. Já a vacina Meningo B, que só foi liberada no ano passado, ainda não possui cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS). Em Pernambuco, o produto está disponível apenas em clínicas particulares, e custa R$ 600 por dose. “A meningite do tipo C é a que possui mais registro em todas as faixas etárias da população, mas na faixa dos 5 anos de idade é a B. Por isso é proporcionalmente mais perigosa”, avalia o médico.

Com relação ao tipo de vacinação, é necessário ficar atento à quantidade de doses e a idade certa para tomar. “A criança nasce sem defesa nenhuma, por isso é importante a mãe também estar vacinada durante o período de amamentação. Até os seis meses do bebê, a mãe deve tomar três doses, com um reforço no segundo ano de vida da criança; entre sete e 11 meses, ela precisa de duas doses e mais uma no segundo aniversário da criança; e a partir de um ano do bebê, são duas doses. As crianças precisam de um intervalo mínimo de dois meses entre uma dose e outra e os adolescentes de seis meses de distância”, explica.

FORMAS DE CONTÁGIO E DOENÇA – De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a meningite pode ser causada por bactérias e vírus, com transmissão por meio do contato íntimo entre as pessoas, convivendo em um mesmo espaço, como domicílio, quartos, ou ambiente de trabalho, e através das gotículas das secreções do nariz e da saliva. Geralmente, o principal transmissor da doença não apresenta os sintomas, e o período de incubação varia entre 2 a 10 dias.

O infectado costuma apresentar mal-estar súbito, calafrios, febre alta, manifestações hemorrágicas na pele (petéquias e equimoses) e ainda cefaleia intensa, náuseas, vômitos e rigidez de nuca, além de outros sinais de irritação meníngea. O paciente pode apresentar-se consciente, sonolento, torporoso ou em coma. Delírio e coma podem surgir no início da doença, ocorrendo, às vezes, casos fulminantes, com sinais de choque. Lactentes raramente apresentam sinais de irritação meníngea, o que leva a necessidade de se observar febre, irritabilidade ou agitação, grito meníngeo e recusa alimentar, acompanhados ou não de vômitos, e convulsões.

“É essencial o papel da informação, pois muitas pessoas correm riscos sem ter a mínima noção do perigo que a doença tem. A proteção de tosse e espirros com a mão ou lenço, além de lavar bem as mãos com sabão e álcool em gel ajuda a evitar a transmissão da meningite.”, conclui.

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