EUA vão testar vacina contra o zika vírus em humanos antes do fim do ano

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EUA vão testar vacina contra o zika vírus em humanos antes do fim do ano

Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 17/02/2016 às 17:38
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Grupo farmacêutico informou que iniciará testes da vacina contra o vírus zika em humanos antes do fim do ano / Foto: Reprodução

Grupo farmacêutico informou que iniciará testes da vacina contra o vírus zika em humanos antes do fim do ano Foto: Reprodução

O grupo farmacêutico norte-americano Inovio Pharmaceuticals informou nesta quarta-feira (17) que iniciará testes da vacina contra o vírus zika em humanos antes do fim deste ano. A decisão foi anunciada após testes conclusivos em ratos.

“Os testes pré-clínicos mostraram que a vacina sintética contra o vírus zika desencadeia respostas duradouras e imunes, demonstrando o potencial (…) para prevenir e tratar as infeções causadas por esse patógeno”, disse a Inovio em comunicado.

O grupo farmacêutico vai começar imediatamente os testes em macacos, para depois avançar para os seres humanos, antes do fim do ano.

Essa última etapa deverá conduzir, em seguida, a um pedido de colocação da vacina no mercado, indicou a Inovio, que pretende pedir às autoridades sanitárias uma análise acelerada do seu caso.

A vacina é sintética, ou seja, não é desenvolvida em um vírus vivo, mas em um pedaço de DNA do vírus e pode, por isso, ser conservada sem refrigeração durante várias horas.

Na Bolsa de Wall Street, as perspetivas positivas fizeram subir de US$ 6,16 para US$ 6,98 as ações Inovio nas primeiras transações.

Além da Inovio, mais de uma dezena de grupos farmacêuticos, como o francês Sanofi Pasteur e o indiano Bharat Biotech, trabalham numa vacina contra o zika, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Não existe, até agora, qualquer medicação para combater o vírus, suspeito de ter uma relação direta com casos de microcefalia e de estar também ligado à síndrome neurológica de Guillain-Barré.

A OMS prevê uma propagação “explosiva” do zika no continente americano, com entre três milhões e quatro milhões de casos este ano.
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