Combate ao Aedes

Agentes visitaram 31% dos imóveis no País, segundo ministério da Saúde

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 05/02/2016 às 22:43
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A meta do governo era inspecionar 100% dos domicílios até 31 de janeiro, mas o prazo foi para fevereiro / Foto: AFP

A meta do governo era inspecionar 100% dos domicílios até 31 de janeiro, mas o prazo foi para fevereiro Foto: AFP

Quase 31% dos 67 milhões de imóveis do País foram visitados por agentes de combate ao Aedes aegypti, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde, que acompanha os trabalhos por meio da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) de Enfrentamento à Microcefalia. A meta do governo era inspecionar 100% dos domicílios até 31 de janeiro, mas o prazo foi adiado para fevereiro.

O Rio de Janeiro tem um índice pouco acima da média, com 37,9% dos imóveis visitados. Pernambuco, epicentro da epidemia de microcefalia relacionada ao zika, está bem abaixo, com 17,2% dos domicílios inspecionados. Os melhores indicadores estão no Piauí (74,6%), Paraíba (71,7%), Minas Gerais (67,6%), Rondônia (65,5%) e Mato Grosso do Sul (65,5%). Na lanterna, Rio Grande do Sul (1%), Santa Catarina (7,4%), Pará (11,5%), Amapá (12,7%) e Paraná (14%).

Do total de imóveis visitados, 22,7% estavam fechados. A partir desta semana, uma medida provisória editada pela presidente Dilma Rousseff possibilitou a entrada forçada nesses casos. Mas é preciso fazer duas notificações prévias, em dias e horários alternados e marcados, num intervalo de dez dias, antes de ingressar no domicílio com responsável ausente. Houve ainda recusa de acesso a 69.214 imóveis, o que representa 0,1% dos domicílios.

Em 3,89% dos locais inspecionados, foram encontrados focos do mosquito que transmite dengue, zika e chicungunha. A meta é reduzir esse índice de infestação para menos de 1%.

NÚMEROS GERAIS - Até o dia 30 de janeiro, estavam sob investigação 3.670 casos suspeitos de microcefalia em todo o país, 76,7% do total notificado. Ao todo, 404 casos já tiveram confirmação de microcefalia ou outras alterações do sistema nervoso central, sendo que 17 com relação ao vírus xika. Outros 709 casos notificados já foram descartados.

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