Instituições ligadas à educação assinaram um pacto em que se comprometem a contribuir no combate ao zika Foto: AFP
- Flórida declara emergência sanitária por novos casos de zika vírus
- Dilma é alvo de panelaço depois de pronunciamento sobre o zika vírus
- EUA e ONU dizem que Brasil não tem fornecido dados suficientes do zika vírus
- Espanha registra primeiro caso de grávida infectada por zika vírus
Ele enviou cartas a diretores, professores, secretários de educação, trabalhadores de escolas, estudantes e seus familiares convocando para que todos se engajem na eliminação dos focos do mosquito, que se reproduz em água parada. "Somos cerca de 60 milhões de brasileiros distribuídos em 200 mil salas de aula. Com a união de todos - da educação infantil à pós-graduação, das escolas privadas às particulares - vamos conseguir vencer esse grande desafio", afirma.
O pacto afirma que as ações devem ser desenvolvidas durante todo o ano letivo. Porém, é preciso uma programação especial para as datas de 19 e 26 de fevereiro e 4 de março, quando mobilizações serão realizadas em todo o Brasil e as escolas deverão programar atividades internas e externas, nas comunidades onde estão inseridas.
"Campanhas de um dia só são insuficientes. É preciso um vigilância permanente e cotidiana durante os próximos três ou quatro anos, até que a medicina nos dê respostas mais concretas", recomendou o secretário-executivo substituto do Ministério da Saúde, Neilton Oliveira. Segundo ele, a principal razão para a expansão do vírus, principalmente pela América Latina, é o alto grau de urbanização da sociedade, o que consequentemente aumenta a produção de lixo e favorece o surgimento de criadouros do Aedes.
Representantes da área de educação de vários Estados relataram as ações que vêm tomando nas escolas para erradicar o mosquito. No Ceará, um curso online sobre o mosquito e as doenças que ele transmite vai valer como nota, para os alunos de Ensino Médio, na disciplina de Biologia. Um aplicativo está sendo desenvolvido na Paraíba para que fotografias de criadouros do mosquito sejam enviadas aos centros de controle com as respectivas geolocalizações, auxiliando o trabalho dos agentes de vigilância O Rio de Janeiro trabalhará nas redes sociais com a hashtag #EscolaSemAedes, em que serão publicadas fotos e relatos sobre as "faxinas" nas salas de aula.
O Ministério da Educação (MEC) deve lançar um concurso de vídeos sobre zika e Aedes aegypti. Além disso, Mercadante estimula que os trotes - tradicionais recepções aos calouros nas universidades - não esqueçam de incluir atividades solidárias, relacionadas à erradicação do mosquito.