Epidemia

Diante dos caos de zika vírus, ONG holandesa oferece pílulas abortivas

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 02/02/2016 às 16:46
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Uma entidade holandesa disponibiliza uma página na internet para distribuir gratuitamente pílulas abortivas / Foto: Reprodução

Uma entidade holandesa disponibiliza uma página na internet para distribuir gratuitamente pílulas abortivas Foto: Reprodução

Diante do número de casos de microcefalia relacionados ao zika vírus, uma ONG da Holanda distribui pílulas gratuitas às mulheres infectadas com o vírus do Aedes aegypti, visando provocar uma interrupção precoce da gravidez. Para interessada, a página Women on Web disponibiliza 'médicos habilitados que fornecem informações sobre aborto medicinal', segundo a diretora Rebecca Gomperts, diretora da entidade.

Rebecca explica que o 'aborto medicinal' é a combinação de duas pílulas diferentes, que podem desencadear a interrupção da gravidez não cirúrgica. A instituição foi criada há 11 anos para apoiar a mulher no aborto seguro em todo o planeta.

Apesar de o Brasil ser o País mais católico do mundo, também impõe restrições severas sobre o aborto. Perante os quase quatro mil suspeitos de microcefalia no território brasileiro, a diretora da entidade pede ao governo a suspensão das regras para o aborto legal no País, pelo menos durante a epidemia do zika vírus.

Para a lei brasileira, o aborto legal só é permitido nas situações de estupro, risco de vida da mãe ou quando o feto é anencéfalo. Para os juristas, os fetos com microcefalia não se encaixam na mesma exceção daqueles com anencefalia porque a microcefalia não é compatível com a vida.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nessa segunda-feira (1º) que o vírus é o principal causador de malformações congênitas na América Latina, decretando emergêmncia sanitária no mundo.

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