Ministério da Saúde anunciou que o número de casos de microcefalia parece estar diminuindo Foto: Reprodução
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O Brasil, País mais afetado pela epidemia de Zika, uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, está investigando 3448 casos suspeitos de microcefalia - redução do tamanho do crânio no bebê prejudicial para o desenvolvimento intelectual - um aumento de 7% em uma semana.
Mas "a quantidade de casos descartados aumentou 63%, passando de 282 para 462 agora", explicou Maierovitch.
Em todos os casos de microcefalia identificados, 270 foram confirmados, contra 230 na semana passada (e 147 em 2014). Quando um bebê nasce no Brasil com um perímetro cefálico inferior ou igual a 33 centímetros, suspeita-se de microcefalia, que deve ser confirmada por imagens médicas.
Mais importante ainda, desses 270 bebês com esta malformação, apenas 6 também apresentaram o vírus zika.
Este vírus, que causa sintomas semelhantes aos da gripe no paciente afetado, ainda é considerado atualmente o principal suspeito, no caso de contaminação de uma mulher grávida, do aumento dos casos de microcefalia, com 4180 casos suspeitos identificados desde outubro.
Os outros casos de microcefalia não ligados ao zika são objetos de análises e, segundo fontes do ministério entrevistadas pela AFP, poderiam estar ligados a outras doenças como a sífilis, a toxoplasmose, a rubéola, a herpes ou o Citomegalovírus.
Estes dados são divulgados no momento em que o mundo vive uma preocupação crescente com o vírus, com um pedido da presidente Dilma Rousseff para a mobilização regional na América Latina, o aparecimento dos primeiros casos na Europa e a chamada para a ação urgente por parte do presidente Estados Unidos, Barack Obama.