Pesquisa confirma que zika vírus é capaz de atravessar a placenta durante a gestação

https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2016/01/20/normal/cfba24b3ebe9f1ffe0a593ef2449b6e5.jpg Foto: JC

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Pesquisa confirma que zika vírus é capaz de atravessar a placenta durante a gestação

Com UOL
Publicado em 20/01/2016 às 9:51
https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2016/01/20/normal/cfba24b3ebe9f1ffe0a593ef2449b6e5.jpg Foto: JC


Amostras da placenta passaram por exames que verificam a infecção por vírus do mesmo gênero do zika. / Foto: Diego Nigro/JC Imagem

Amostras da placenta passaram por exames que verificam a infecção por vírus do mesmo gênero do zika. Foto: Diego Nigro/JC Imagem

Uma pesquisa do Instituto Carlos Chagas, da Fiocruz Paraná, confirmou que o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti e apontado como a principal hipótese para o aumento de casos de microcefalia em bebês, também é capaz de atravessar a placenta durante a gestação.

A análise foi feita a partir de amostras de uma paciente no Nordeste que sofreu um aborto retido, quando o feto deixa de se desenvolver dentro do útero, durante o primeiro trimestre de gravidez. A gestante indicou haver tido sintomas de zika, como manchas vermelhas no corpo, na sexta semana de gravidez, já o aborto, foi detectado em exame na oitava semana. A partir desta suspeita, amostras da placenta passaram por exames de imunohistoquímica, que verificam a infecção por vírus do mesmo gênero do zika. Em seguida, foram feitos testes moleculares que identificaram o gênoma do zika vírus em células da mãe e do embrião.

Em entrevista à Folha de São Paulo, a virologista Cláudia Nunes Duarte dos Santos, que participou da pesquisa, reforça que o achado confirma a transmissão do vírus via placenta. "É muito grave, e confirma nossa suspeita. É a primeira vez que vemos o RNA (do vírus zika) no tecido da placenta", disse a pesquisadora.

Um outro exame, morfológico, também mostrou uma inflamação da placenta, de acordo com a patologista Lúcia de Noronha, professora de medicina na PUC-PR, que verificou a amostra. "Dá para ver claramente que o vírus rompeu essa barreira", diz em entrevista à Folha de São Paulo. 

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