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Grande Recife

Rede pública também investe na saúde feminina

Cláudia Santos
Cláudia Santos
Publicado em 12/10/2014 às 16:41
Leitura: 3min

Hospital da Mulher está previsto para ser inaugurado no fim deste mês / Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR/arquivo

Hospital da Mulher está previsto para ser inaugurado no fim deste mês Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR/arquivo

A rede pública de saúde do Recife também investe em serviços destinados à população feminina, como o Hospital da Mulher, localizado no bairro do Curado. Idealizado pela Prefeitura, o projeto deve estar concluído no final de outubro próximo e está orçado em R$ 58 milhões, com recursos municipal e dos governos estadual e federal.

Os motivos para esse investimento, segundo o secretário de Saúde, Jailson Correia, são vários. Além de ser uma reivindicação da população percebida durante a campanha de Geraldo Júlio a prefeito, a capital pernambucana, de acordo com o secretário, possui uma carência de maternidade de alto risco, especialidade do novo serviço médico. “O Recife recebe demanda desse tipo de parto de todo o Estado porque muitas cidades criam maternidades, mas não conseguem mantê-las”, salienta.

Os altos índices de mortalidade materna em Pernambuco também estimularam a Prefeitura do Recife a construir o Hospital. “Esse índice flutua entre alto e muito alto”, alerta  Correia, acrescentando que o fato de as mulheres representarem mais da metade da população recifense também contribuiu para o investimento.

O Hospital da Mulher contará com 150 leitos e terá capacidade para realizar 500 partos e 250 cirurgias ao mês. Vai dispor da Casa Mãe, espaço com 20 leitos, onde as mães de crianças prematuras serão acolhidas, receberão orientação de como cuidar do bebê e aulas de educação continuada para aumentar a renda.

Mas a instituição não será voltada apenas às gestantes. Atenderá mulheres a partir dos 10 anos que necessitem de procedimentos de média e alta complexidade. Contará com cardiologista, nutricionista, psicólogo, odontólogo, fisioterapeuta e um serviço especial de assistência à população LGBT (lésbicas, bissexuais e transexuais).

Prestará ainda assistência à mulher vítima de violência, a partir de uma parceria com as secretarias da Mulher e de Defesa Social. “Vamos realizar todos os exames necessários a essas mulheres, uma vez que o Instituto de Medicina Legal (IML) não está preparado para realizar um atendimento mais humanizado e com equipe multidisciplinar”, informa o secretário.

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