
Hospital da Mulher está previsto para ser inaugurado no fim deste mês Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR/arquivo
Os motivos para esse investimento, segundo o secretário de Saúde, Jailson Correia, são vários. Além de ser uma reivindicação da população percebida durante a campanha de Geraldo Júlio a prefeito, a capital pernambucana, de acordo com o secretário, possui uma carência de maternidade de alto risco, especialidade do novo serviço médico. “O Recife recebe demanda desse tipo de parto de todo o Estado porque muitas cidades criam maternidades, mas não conseguem mantê-las”, salienta.
Os altos índices de mortalidade materna em Pernambuco também estimularam a Prefeitura do Recife a construir o Hospital. “Esse índice flutua entre alto e muito alto”, alerta Correia, acrescentando que o fato de as mulheres representarem mais da metade da população recifense também contribuiu para o investimento.
O Hospital da Mulher contará com 150 leitos e terá capacidade para realizar 500 partos e 250 cirurgias ao mês. Vai dispor da Casa Mãe, espaço com 20 leitos, onde as mães de crianças prematuras serão acolhidas, receberão orientação de como cuidar do bebê e aulas de educação continuada para aumentar a renda.
Mas a instituição não será voltada apenas às gestantes. Atenderá mulheres a partir dos 10 anos que necessitem de procedimentos de média e alta complexidade. Contará com cardiologista, nutricionista, psicólogo, odontólogo, fisioterapeuta e um serviço especial de assistência à população LGBT (lésbicas, bissexuais e transexuais).
Prestará ainda assistência à mulher vítima de violência, a partir de uma parceria com as secretarias da Mulher e de Defesa Social. “Vamos realizar todos os exames necessários a essas mulheres, uma vez que o Instituto de Medicina Legal (IML) não está preparado para realizar um atendimento mais humanizado e com equipe multidisciplinar”, informa o secretário.