Dia Internacional da Mulher marcado por manifestações em todo mundo

https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2017/03/08/normal/804a18f33dd9eebb16212f738c01093e.jpg Foto: JC

Você atingiu o limite de conteúdos que pode acessar.

Dia Internacional da Mulher marcado por manifestações em todo mundo

Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 08/03/2017 às 18:15
https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2017/03/08/normal/804a18f33dd9eebb16212f738c01093e.jpg Foto: JC


- AFP
- AFP
- AFP
- AFP
-
-
- AFP
- AFP
- AFP

'Dia sem mulheres'

Nos Estados Unidos, o movimento da "Marcha das mulheres", organizado no dia seguinte à posse do presidente Donald Trump em janeiro, pediu uma "dia sem mulheres" em 8 de março. Em Washington, muitas escolheram ir trabalhar, mas usando roupas vermelhas em apoio ao movimento.

No entanto, esta chamada à greve no trabalho e em casa teve grande aderência em Alexandria, na Virgínia, sendo a cidade forçada a fechar todas as suas escolas.

Donald Trump declarou na terça-feira o seu "enorme respeito" pelas mulheres e elogiou o seu "papel crucial (...) nos Estados Unidos e em todo o mundo". Mas as mensagens do presidente dos Estados Unidos no Twitter provocaram reações indignadas na rede social, onde os usuários lembraram suas declarações misóginas, as acusações de agressão sexual, e sua postura controversa sobre o aborto.

Nas ruas de Roma, ramos e guirlandas de mimosa triunfaram em frente ao palácio presidencial: estes botões amarelos foram escolhidos pelas mulheres italianas em 1946 como um símbolo do dia 8 de março.

A cidade australiana de Melbourne escolheu substituir os bonecos de neve tradicionais em dez semáforos por personagens femininas.

Contra as violências

Em Daca, capital do Bangladesh, quinze sobreviventes de ataques com ácido desfilaram numa passarela durante um desfile de moda, numa iniciativa para denunciar a discriminação enfrentada pelas vítimas dessas agressões nesta sociedade conservadora.

Em Nova Deli, dezenas de jovens mulheres vestidas de branco participaram de uma demonstração de autodefesa: combate corpo a corpo com um agressor ou ainda um bloco de concreto quebrado com um soco.

Em Madri, milhares de pessoas se manifestaram dando especial ênfase para as vítimas da violência doméstica, constatou a AFP.

Cerca de 10 mil manifestantes, segundo estimativa da AFP, foram à Praça de Cibeles, em frente à Prefeitura, com cartazes com lemas como "Danos trabalhistas, não", "Justiça" e "Caladinha NÃO está mais bonita". Também cantavam frases como "Não estamos todas, viva queremos ficar".

Também foram convocadas manifestações em mais de 40 cidades do país, entre elas Barcelona, Alicante, Valencia, Granada e Bilbáo.

A Prefeitura de Madri é comandada por uma mulher, a esquerdista Manuela Carmena, que em um vídeo gravado com Ada Colau, prefeita de Barcelona, estimulou que protestassem como parte dessa "luta contra a violência".

Em vários países latino-americanos, como Argentina, Guatemala, Brasil e Uruguai, manifestações contra a violência machista estavam planejadas para o final do dia. Nesta região, vários casos de assassinatos brutais fizeram com que milhares de mulheres saíssem às ruas nos últimos meses, marcando uma nova consciência, especialmente graças as redes sociais.

No Brasil, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Antonio Carlos Jobim mudou simbolicamente o nome, adotando por dez dias o nome de Maria da Penha. Outra iniciativa, dois voos da companhia aérea GOL voaram com uma tripulação completamente feminina.

Em Paris, a Aliança das Mulheres para a Democracia e as Edições para Mulheres lançaram um apelo para dedicar o 8 de março à romancista turca Asli Erdogan, que enfrenta uma sentença de prisão perpétua.

Proibida de sair do país enquanto aguarda a terceira audiência de seu julgamento por pertencer a uma "organização terrorista" por causa de seus escritos em um jornal pró-curdo, a romancista completa 50 anos nesta quarta-feira.

TAGS
notícia EUA
últimas
Mais Lidas
Webstory