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A Organização das Nações Unidas (ONU) expressou nesta sexta-feira (3) em um relatório o temor de continuidade dos abusos e violações dos direitos humanos contra a população do Sri Lanka, assim como o medo de "descarrilamento" do atual processo de paz.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos admite no documento que foram registrados progressos nos direitos humanos e na reforma constitucional, mas aponta que acontecem no Sri Lanka "certas violações graves dos direitos humanos", como a tortura ou o uso excessivo da força por parte da polícia.
O relatório será apresentado em 22 de março ao Conselho dos Direitos Humanos da ONU em Genebra.
Esta ilha do Oceano Índico sofreu durante 37 anos uma feroz guerra civil entre o governo e a minoria tâmil. O conflito acabou em 2009 com a vitória final do governo de Colombo, após um confronto que deixou milhares de civis mortos.
A guerra civil matou mais de 100.000 pessoas. Quase 40.000 civis tâmeis teriam falecido em ações da forças do governo nos últimos meses do conflito. O Conselho de Direitos Humanos pediu ao Sri Lanka a abertura de investigações verificáveis sobre os crimes de guerra, assim como a adoção de um verdadeiro processo de reconciliação.