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Faça login ou cadastre-seO presidente Trump enfrenta neste sábado uma grande manifestação impulsionada por mulheres Foto: AFP
Uma longa lista de oradores, entre os quais figuram o cineasta Michael Moore, a atriz Scarlett Johansson e a lendária defensora dos direitos civis Angela Davis, esquentará os ânimos dos manifestantes antes do início da marcha.
As cantoras Cher e Katy Perry e a atriz Julianne Moore também anunciaram sua participação.
"A Marcha das Mulheres enviará uma mensagem clara ao mundo e ao nosso novo governo em seu primeiro dia no cargo de que os direitos das mulheres são direitos humanos", disseram os organizadores.
Tudo surgiu com uma ideia de uma desconhecida advogada aposentada do Havaí, Teresa Shook, que cresceu como uma bola de neve nas redes sociais.
"E se as mulheres marchassem em massa em Washington durante a posse?", perguntou. Quando foi dormir, tinha 40 "curtidas". Quando acordou, mais de 10.000, e a convocação seguiu crescendo.
Esta é a primeira vez em 40 anos que um presidente recém eleito tem uma popularidade tão baixa, de apenas 37%, segundo uma pesquisa da CBS News.
Embora Hillary Clinton tenha vencido na votação popular com três milhões de votos a mais que seu rival, isso não bastou para torná-la a primeira presidente dos Estados Unidos. Trump venceu a eleição com 308 votos do colégio eleitoral.
"Apenas uma semana depois da eleição de Trump, comprei a passagem de ônibus para vir a Washington à marcha. Para mim, é uma questão de ativismo pacífico", declarou Cecile Scius, uma manifestante de 33 anos do Queens, Nova York, que tem quatro filhos.
Como milhares de manifestantes, Scius vestirá um gorro de lã rosa com duas orelhas de gato, que foi produzido por vizinhas de seu bairro de Sunnyside e que se converteu em novo símbolo do desafio ao novo governo.
Os gorros, ou "pussy hats", como são chamados em inglês, têm orelhas de gato: é um trocadilho, porque a palavra em inglês "pussy" tanto pode significar gatinho quanto a forma pejorativa de se referir ao órgão sexual feminino.
A palavra faz referência direta a um áudio de 2005 vazado durante a campanha eleitoral em que Trump, conhecido por sua retórica controversa e divisionista, afirma que "quando você é uma estrela, (as mulheres) deixam você fazer o que quiser. Pode agarrá-las pela buceta".
A marcha é apoiada oficialmente pela Anistia Internacional e pela Planned Parenthood, a maior rede de planejamento familiar do país, da qual os republicanos do Congresso querem tirar o financiamento.
Também estarão presentes representantes do movimento Black Lives Matter, uma associação especializada na denúncia de abusos policiais contra os negros.
Trezentas "marchas irmãs" serão realizadas em outras grandes cidades do país, assim como no exterior.
As primeiras foram registradas na Austrália e na Nova Zelândia.