Obama falou sobre transição atípica com Trump em última entrevista Foto: AFP
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No fim do ano, o republicano acusou Obama de criar empecilhos "inflamatórios" na transição de governo e de tratar Israel com "total desdém". Obama reconheceu que esta tem sido uma transição "pouco usual". "Estamos nos movendo a uma nova era, em que as pessoas conseguem informações através de tuítes e excertos de entrevistas que chegam até seu telefone", disse Obama. "Existe um poder nisso. Existe também um perigo - o que gera uma manchete ou cria uma controvérsia não é exatamente o necessário para resolver um problema de verdade".
O presidente alertou as pessoas para não "subestimarem" Trump e pediu que os congressistas republicanos e outros entusiastas do próximo presidente para assegurarem que "durante o governo, algumas normas e tradições institucionais não sejam erodidos, uma vez que eles estão lá por alguma razão".
Obama afirmou que estava "perturbado" pelos relatórios de inteligência sobre a interferência cibernética nas eleições norte-americanas. Ele também reconheceu que sua declaração sobre uma "linha vermelha" na Guerra da Síria não estava no discurso original e não precisava ser usado. O comentário gerou fortes críticas ao presidente, uma vez que essa "linha" foi cruzada e não gerou reação por parte de Washington.
"Eu teria, acredito, feito um erro maior caso tivesse dito 'armas químicas'. Isso não muda realmente meu cálculo", disse. "E independente de como isso se desenrolou, acredito que, nesse meio tempo, Assad (Bashar Assad, presidente da Síria) se livrou de suas armas químicas".