As equipes de busca continuam os trabalhos, e já encontraram 12 corpos dos tripulantes do avião Foto: AFP
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"A principal caixa-preta foi encontrada às 05h42, hora local em Moscou (00h42 no horário de Brasília), a 1.600 metros da costa, a uma profundidade de 17 metros", afirmou o ministério russo da Defesa citado pelas agências locais. O aparelho com os registros do voo será levado à região de Moscou para ser analisado por especialistas, segundo as mesmas fontes.
De acordo com uma fonte citada pela agência Interfax, a caixa-preta encontrada, "em bom estado", é a que guarda os parâmetros técnicos do voo, e não as conversas na cabine. Os investigadores prosseguiam com as buscas nesta terça-feira da outra caixa-preta, assim como dos corpos das pessoas que viajavam a bordo. "Até o momento, foram encontrados 12 corpos e 156 fragmentos de corpos", indicou o Ministério da Defesa.
"Reconstituir o Coral"
O Tupolev acidentado, que voava há 33 anos e havia passado por uma revisão em setembro, desapareceu dos radares no domingo (25) às 02h27 GMT (00h27 de Brasília) depois de decolar de Sochi, às margens do mar Negro. Dirigia-se à base aérea russa de Hmeimim, perto de Latakia, no noroeste da Síria. A catástrofe provocou uma grande comoção na Rússia, já que no avião viajavam 64 membros do Coral do Exército Vermelho, um símbolo do país conhecido por suas turnês triunfais em todo o mundo.
Os músicos passariam a noite de Ano Novo com os soldados russos mobilizados na Síria, onde Moscou apoia o regime de Bashar al-Assad diante dos rebeldes desde setembro de 2015. Na aeronave também viajavam nove jornalistas da televisão russa, dois civis de alto escalão e a diretora de uma organização beneficente muito conhecida na Rússia, Elizavéta Glinka. Esta última, conhecida como "doutora Liza", levava medicamentos para o hospital universitário de Latakia.
A ajuda médica foi entregue na base de Hmeimim, indicou nesta terça-feira (27) o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, que prometeu reconstituir o Coral do Exército Vermelho. O grupo perdeu quase um terço de seus membros no acidente, entre eles seu diretor. "Será feito todo o possível para encontrar os corpos das vítimas falecidas e determinar as causas desta tragédia terrível", declarou o ministro.