Ajuda continua sem entrar na Síria, apesar de ampliação da trégua

https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2016/09/15/normal/c158dd3d8c4127cce6d62fbe8caf65dc.jpg Foto: JC

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Ajuda continua sem entrar na Síria, apesar de ampliação da trégua

Ingrid
Publicado em 15/09/2016 às 14:26
https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2016/09/15/normal/c158dd3d8c4127cce6d62fbe8caf65dc.jpg Foto: JC



Entrada mediata

Após uma reunião em Genebra do Grupo de Trabalho sobre a ajuda humanitária na Síria, Staffan de Mistura disse à imprensa: "necessitamos da permissão final. É algo que se necessita imediatamente".

A ONU recebeu em 6 de setembro uma autorização do governo sírio para dividir a ajuda nas localidades cercadas de Madaya, Zabadani, Fua, Kefraya e Muadamiyat al-Sham.

"É particularmente lamentável, perdemos tempo. A Rússia está de acordo conosco nesse ponto", acrescentou e insistiu que isso significa uma "decepção" para os russos.

A ONU espera poder levar a ajuda humanitária "amanhã" (sexta-feira) para o leste de Aleppo, onde, segundo a ONU, entre 250.000 e 275.000 pessoas vivem nos bairros rebeldes, assinalou Jan Egeland, que lidera o Grupo de Trabalho.

No local, a situação era aparentemente tranquila nesta quinta-feira pela manhã, o que confirma a clara redução dos confrontos desde que a trégua do fim das hostilidades entrou em vigor na segunda-feira à noite.

Mas na parte rebelde de Aleppo, a principal cidade afetada pelo acordo, aumenta a impaciência entre seus 250.000 habitantes cercados há dois meses e que precisam de todo tipo de ajuda.

"De que adianta prolongar a trégua se continuamos cercados?", questionou-se Abu Ibrahim, morador da parte que não recebe ajuda internacional desde o dia 7 de julho. "Antes morríamos por causa dos bombardeios, agora morremos de fome", lamentou esse homem de 53 anos.

Após o fim de uma primeira fase de 48 horas de trégua, que acabou na quarta-feira às 19H00 locais (13H00 de Brasília), o secretário de Estado americano, John Kerry, e seu homólogo russo, Serguei Lavrov, acordaram seu prolongamento por mais 48 horas.

Essa trégua chegou após semanas de discussões entre Washington e Moscou, que apoiam respectivamente a rebelião e o governo.

O objetivo é favorecer a retomada das negociações entre o governo e os rebeldes para pôr fim ao conflito que desde março de 2011 já deixou mais de 300.000 mortos, entre eles mais de 87.000 civis, além de milhares de deslocados, segundo o OSDH.

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